Pegar um voo com uma pessoa infectada pelo coronavírus pode ser algo bem arriscado pra sua saúde, já que uma simples tosse pode espalhar o patógeno do vírus por toda a cabine do avião. Ao menos é o que mostra o vídeo acima, divulgado pela universidade Purdue, de Indiana, nos Estados Unidos. Informações do site Globo
Segundo os estudos, em um primeiro instante, os germes do passageiro contaminado no ambiente fechado chegam às pessoas sentadas mais próximas dele. As dez mais perto são as de maior risco. Mas não só. Nos momentos seguintes, as gotas de saliva já se espalham por toda a cabine, podendo contaminar qualquer pessoa no avião.
A simulação é baseada em vírus aéreos que permanecem no ar, como a SARS e a gripe aviária. Os cientistas ainda não têm 100% de certeza que a SARS-CoV-2, o vírus que causa a Covid-19, se encaixa nessa categoria.
A Organização Mundial da Saúde afirma inicialmente que a Covid-19 é transmitida principalmente através de gotículas de germes que são muito maiores em tamanho, e que viajam apenas curtas distâncias. O porém? O ar-condicionado do avião, um ambiente fechado, pode ajudar a impulsionar inclusive esse vírus pelo espaço.
O pesquisador principal Qingyan Chen e seus colegas afirmaram: "Doenças infecciosas, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e gripe aviária, podem causar perturbações sociais e econômicas significativas. O modelo foi baseado na suposição de que o vírus SARS de 2003 era uma doença transmitida pelo ar. Isso significa que os germes da respiração, espirro ou tosse de uma pessoa podem permanecer no ar e viajar porque as gotículas são muito pequenas."
O estudo tem como intuito desvendar a transmissão de doenças infecciosas em aviões para ajudar a criar sistemas de ventilação mais seguros.
A boa notícia é que possíveis avanços sobre a segurança nas cabines já estão sendo testados. As luzes ultravioletas são as principais delas, já que prometem destruir vírus sem ferir os seres humanos. Cientistas da Universidade de Columbia afirmam que, se confirmado, elas seriam eficazes em cabines de avião, aeroportos, hospitais e escolas.
Em tempo:
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) esclarece que todas as aeronaves em operação no país contam com um filtro que captura 99,7% de partículas como vírus, bactérias e outras impurezas a bordo. Assim, permite-se a circulação de um ar sempre mais puro dentro dos aviões. Além disso, é muito importante destacar que, desde o surgimento do novo coronavírus no país, as companhias aéreas redobraram seus cuidados no processo de higienização das cabines em todas as etapas dos voos, durante as paradas em solo e no pernoite. As tripulações e trabalhadores de atendimento às aeronaves também utilizam equipamentos de proteção individual, de acordo com as orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).