Sintomas, tratamento: o que é o câncer linfático que acomete Eduardo Suplicy?

O deputado estadual Eduardo Suplicy, de 83 anos, anunciou que está em tratamento para linfoma não-Hodgkin

Eduardo Suplicy | Will Shutter/Agência Senado
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O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP), de 83 anos, anunciou que está em tratamento para linfoma não-Hodgkin, diagnosticado em julho. Ele está realizando imunoquimioterapia, que combina medicamentos tradicionais e substâncias que fortalecem o sistema imunológico. Devido à fragilidade do seu sistema imunológico, Suplicy optou por suspender sua agenda pública durante o tratamento.

"Felizmente meus exames já apresentam bons resultados.(...) Agradeço o apoio, às orações e as energias positivas para que eu possa me recuperar o mais breve possível", publicou, no Instagram.

Prevenção

Philip Bachour, hematologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que o linfoma não-Hodgkin de Suplicy é idiopático, com causas ainda desconhecidas. Não existem métodos de prevenção específicos, mas recomenda-se manter um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e exercícios. O Inca também aconselha evitar a exposição a produtos químicos, como agrotóxicos e radiação.

Sintomas

Suplicy destacou que a doença foi descoberta em sua fase inicial, o que eleva as chances de cura. Os sintomas iniciais mais comuns incluem o inchaço dos gânglios, que são nódulos do sistema de defesa responsáveis por "filtrar" substâncias prejudiciais ao organismo. "Temos gânglios por todo o corpo. Em geral, os lugares mais fáceis de perceber esses nódulos são virilha, pescoço e axila", descreve o médico.

Em estágios mais avançados, podem ocorrer sintomas como febre intensa (especialmente à tarde), suor excessivo (comum à noite), cansaço e perda de peso sem explicação. A anemia é um sintoma menos frequente.

Tratamento

De acordo com Bachour, a remoção do gânglio inchado por meio de cirurgia geralmente não é suficiente para curar, pois é quase impossível que o câncer esteja restrito a essa área. No entanto, essa extração é frequentemente o primeiro passo para confirmar o diagnóstico e classificar o linfoma por meio de uma biópsia.

Eles são divididos em indolente, com crescimento relativamente lento; ou agressivo, de alto grau e desenvolvimento rápido. "Há linfomas indolentes que nem tratamos em um primeiro momento. Esperamos os sintomas surgirem, porque são bastante lentos, e tratar antecipadamente não fará diferença", detalha o médico.

Entre os tipos agressivos, o mais comum é o linfoma difuso de grandes células. "Apesar de ter um aspecto mais agressivo e precisar ser tratado de forma rápida, a chance média de cura é maior que 60%, a depender do caso", comenta.

O tratamento, nos dois casos, costuma ser feito com quimioterapia ou radioterapia associados a outros remédios.

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