O humorista Whindersson Nunes contou que utilizou o Centro de Valorização à Vida (CVV) para conversar durante um momento em que precisou de apoio emocional na última semana. O CVV é uma entidade civil que oferece apoio voluntário, gratuito e anônimo em prol da prevenção do suicídio. “Uma moça bacana com uma voz calma conversou comigo. Chorei demais, mas a experiência de conversar sobre tudo com um anônimo é muito libertador”, contou ele.
Com a revelação do momento delicado, o ex-marido de Luísa Sonza aproveitou para incentivar que as pessoas liguem para o CVV, caso precisem de suporte. “Se você precisar de ajuda, ligue 188″, disse. Além do número, a organização também conta com um chat online, um email e endereços em vários pontos do Brasil. Para procurar a localidade mais próxima e entrar em contato com a organização, basta acessar o site do CVV.
Depressão
Whindersson Nunes é um dentre tantos que sofrem com a famosa doença do século: a depressão. O humorista já deu diversos relatos de como lida com a doença silenciosa. Em inúmeras entrevistas e no lançamento do seu livro em 2021, ele falou sobre sua vida e quando se sentia triste. Durante uma entrevista à apresentadora Maisa Silva em 2019, ele disse que utiliza a sua experiência para ajudar pessoas que passam pelo mesmo.
“Acho que eu vou falar sobre isso de uma forma amigável, e todo mundo ficar sabendo que não tem problema em falar, é a melhor forma de ajudar. A pior coisa de tudo isso é a falta de informação”, afirmou à época. Em 2022, o humorista anunciou seu último espetáculo, “Isso não é um Culto”, e se despediu dos palcos devido a doença. “Não pra sempre porque isso não existe”, declarou na ocasião.
Como funciona o CVV
O CVV conta com voluntários dispostos a conversar e ajudar durante 24 horas por dia. Não é preciso se identificar, nem passar nenhuma informação ou contato pessoal, é totalmente sigiloso. A busca pela entedidade se dá por muitas pessoas que sofrem de depressão e que estão nesse caminho do suicídio, sentirem vergonha e desconforto em falar com conhecidos (e por isso procuram profissionais: psicólogos, psiquiatras e o CVV), ou também, de se identificarem ao fazerem um desabafo.
As pessoas que sofrem com essa doença acreditam que serão julgadas e isso acaba por piorar a situação. Por isso, o CVV trabalha com sigilo, para garantir que a pessoa possa conversar em um ambiente favorável, para que o melhor conforto (dentro do possível) seja alcançado. É importante salientar, que o CVV é totalmente gratuito, portanto, independente da condição financeira, é possível entrar em contato.