Dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) apontam que 40% das queixas nos consultórios ginecológicos estão relacionadas a vulvovaginites e vaginoses. Essas infecções causam sintomas como corrimento, odor, coceira, ardor e sensação de queimação, e apresentam alta taxa de recorrência após o tratamento convencional, podendo até afetar a fertilidade, segundo Barbara Peters, Líder de Inovação e Tradução Clínica para a América Latina na IFF Health Sciences.
O principal fator por trás dessas infecções é o desequilíbrio da microbiota vaginal, conhecido como disbiose, que aumenta a presença de bactérias prejudiciais. Uma microbiota saudável é dominada por espécies de Lactobacillus, responsáveis por manter o pH vaginal entre 3,5 e 4,5, inibindo patógenos, colonizando a região e produzindo substâncias antimicrobianas.
importância dos probióticos
Quando a quantidade de lactobacilos diminui, o risco de infecção cresce, tornando os probióticos fundamentais. Eles ajudam a restaurar a proporção de lactobacilos e reduzem microrganismos patogênicos, contribuindo para a manutenção da saúde vaginal.
Estudos indicam que a combinação de probióticos com lactoferrina bovina — proteína presente no leite e em outros fluidos biológicos — pode reduzir patógenos no intestino, favorecendo a multiplicação dos lactobacilos.
A lactoferrina possui propriedades antioxidantes e fixadoras de ferro, criando um ambiente intestinal propício para o funcionamento ideal dos probióticos e promovendo, assim, uma microbiota intestinal e vaginal equilibrada.