Primeiros sinais de Alzheimer aparecem nos olhos, revela estudo

Especialistas afirmam que os olhos podem fornecer indícios importantes sobre a saúde cognitiva das pessoas

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Olho | Reprodução/Internet

Especialistas afirmam que os olhos podem fornecer indícios importantes sobre a saúde cognitiva das pessoas. Pesquisas recentes têm se dedicado a investigar como as alterações observadas nos olhos podem auxiliar no diagnóstico precoce da doença de Alzheimer, mesmo antes do surgimento dos sintomas. Isso se deve ao fato de que a doença muitas vezes está em estágio avançado quando os efeitos visíveis na memória e no comportamento se manifestam.

A doença começa décadas antes dos primeiros sintomas

Estudos anteriores já afirmaram que a doença começa no cérebro décadas antes dos primeiros sintomas. Portanto, se fosse possível identificar a doença nos estágios iniciais, os pacientes poderiam começar o tratamento e levar um estilo de vida mais saudável, evitando fatores de risco controláveis, tais como pressão alta e colesterol alto.

Quais sinais de Alzheimer aparecem nos olhos?

A revista Acta Neuropathologica divulgou um estudo que investigou amostras de tecido da retina e do cérebro provenientes de 86 indivíduos com diferentes graus de deterioração cognitiva. As alterações observadas na retina foram correlacionadas com mudanças em áreas específicas do cérebro responsáveis pela memória, navegação e percepção do tempo.

Os pesquisadores identificaram aumentos significativos nos níveis de beta-amilóide, um marcador importante da doença, em pessoas diagnosticadas com Alzheimer e em estágios iniciais de declínio cognitivo. Além disso, observou-se uma redução de 80% nas células microgliais em indivíduos com problemas cognitivos. Essas células desempenham um papel crucial na manutenção e reparo de outras células, incluindo a remoção de beta-amilóide tanto do cérebro quanto da retina.

A análise adicional revelou marcadores de inflamação, os quais podem ser indicadores significativos da evolução da doença. Esses marcadores foram identificados na região periférica da retina, juntamente com sinais de atrofia tecidual, sendo estas as alterações mais preditivas do estado cognitivo do paciente.

Futuro da descoberta

Essas conclusões podem abrir caminho para o diagnóstico precoce da doença de Alzheimer, permitindo tratamentos menos invasivos e uma monitorização contínua da sua progressão. Embora ainda haja muito a ser explorado, a conexão entre a saúde ocular e o estado cognitivo oferece uma nova perspectiva para compreender e identificar os primeiros sinais de doenças cognitivas, como o Alzheimer.



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