Apesar de ser um importante ato para a saúde, o prazer e para as relações amorosas, além da reprodução humana, o sexo ainda é uma prática cercada de tabus, vergonha e repressão. O ato é tão significativo e é motivo de tantas discussões que ganhou até mesmo um dia no calendário. Hoje, dia 6 de setembro, é comemorado o Dia do Sexo. E, para comemorar a data, vamos desvendar alguns mitos e verdades sobre o assunto.
O primeiro deles: é verdade que sexo emagrece? O ginecologista especialista em Reprodução Humana, Marcelo Cavalcante, explica que a prática sexual não é considerada um tratamento para a obesidade, mas a prática, segundo o profissional, pode ser uma boa aliada no processo de emagrecimento, já que possibilita a perda calórica.
Sexo faz bem à saúde?
Sim, a prática sexual é uma importante aliada e ajuda a manter a saúde em dia, segundo o profissional. "A prática tem impactos na relação emocional do casal, tendo a liberação de várias substâncias que ativam o sistema nervoso dando uma sensação de prazer e relaxamento, evitando o estresse".
O orgasmo feminino dura mais?
Sim, tem uma duração maior, segundo a sexóloga clínica Dani Fontinele. Enquanto o orgasmo masculino demora entre 3 e 10 segundos, o das mulheres vai de 10 a 15 segundos. "Podendo ser prolongado porque, se continuar o estímulo, isso ainda pode vir a ser um orgasmo múltiplo e chegar a 20 segundos, 30 segundos. Aí a gente tem vários relatos, que não têm teor científico", pondera Dani, que também terapeuta sexual.
Masturbação faz mal?
A sexóloga explica que isso é mito. Ela explica que a masturbação não causa nenhum mal às pessoas, exceto quando se torna uma compulsão. "Aí ela vai ter outras comorbidades, outros tipos de compulsão, e uma dela pode ser a masturbação, da pessoa se masturbar até criar ferida, se machucar, mas são casos raros". A profissional afirma ainda que não há limites para o ato, que pode ser praticado mais de uma vez ao dia.
Consumo excessivo de pornografia prejudica o sexo?
A sexóloga explica que esse é mais um mito, pois o que prejudica o sexo não é a pornografia, mas a falta de educação sexual. A análise que Dani faz é a de que, já que não se aprende sobre sexo em casa ou nas escolas, a pornografia exerce esse papel. "Então, o que faz mal é olhar para um filme pornográfico do mainstream e achar que aquilo é verdade, que tem que acontecer daquela forma. (...) Quando a pessoa vai pra uma relação sexual de verdade, ela se frustra porque ela acha que tem que ser daquele jeito", aponta.