O que é distimia, um dos tipos de depressão mais difíceis de diagnosticar - Como procurar ajuda

Forma crônica de depressão pode surgir na infância ou na adolescência — e atinge aproximadamente 6% da população mundial. - Como procurar ajuda

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Como procurar ajuda

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É fundamental que o paciente procure atendimento precoce para evitar subdiagnósticos. Muitas vezes, quando há uma queixa pontual em relação a uma outra doença, ele pode não procurar um serviço psiquiátrico e, de forma generalista, receber um diagnóstico de outra enfermidade e a distimia passa despercebida.

"A própria depressão tem até 50% dos casos que não são diagnosticados por médicos de atenção primária. Imagina a distimia que a pessoa pode se queixar de cansaço, fadiga e autoestima baixa. É bem comum associar com outras doenças psiquiátricas, transtornos de ansiedade e uso de substâncias", diz Haag.

O diagnóstico tardio, reforça a médica, pode ainda interferir no surgimento de outras doenças ou piorar cada uma delas.

"A distimia e depressão atingem o organismo de uma forma sistêmica e podem agravar condições clínicas crônicas como diabetes, hipertensão e doenças reumatológicas, fazendo com que o paciente precise de doses maiores de medicamentos ou uma associação superior de remédios para estabilizar aquela condição", diz ela.

Como ainda há um tabu em relação à saúde mental, identificar o transtorno pode ser ainda mais complicado. O recomendado é procurar atendimento com psicólogos e psiquiatras, que avaliarão o caso e poderão determinar a linha terapêutica correta, que pode ser feita com medicamentos ou somente psicoterapia.

Na época em que Ana descobriu a distimia, ela seguiu com psicoterapia e terapias "alternativas", já que, devido a sua idade, sua psicóloga preferiu não receitar medicamentos.

Por alguns anos, a servidora pública interrompeu as sessões de terapia, mas desde o início da pandemia de covid-19, em 2020, voltou com o tratamento. Desde que retornou com o acompanhamento psicológico, percebeu uma melhora significativa.

Os especialistas reforçam a importância de não interromper o tratamento sem autorização de um profissional de saúde e que a evolução do transtorno precisa ser observada de forma contínua. O acompanhamento médico pode durar meses ou anos, mas é indispensável para melhora dos sintomas e qualidade de vida do paciente. 

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