Se você está buscando maneiras de preservar a saúde do cérebro, talvez já tenha considerado jogos de memória e quebra-cabeças. Mas e a alimentação? Um estudo recente, publicado na revista Neurology, destacou que a dieta pode ter um papel significativo na prevenção do declínio cognitivo e da demência, com especial atenção ao consumo de carne vermelha processada.
O impacto da carne vermelha processada no cérebro
A pesquisa acompanhou 133.771 pessoas que não tinham diagnóstico de demência, ao longo de até 43 anos, registrando seus hábitos alimentares a cada dois a quatro anos. Durante esse período, 11.173 participantes desenvolveram demência. Os cientistas categorizaram os participantes de acordo com o consumo de carne vermelha processada:
Baixo: menos de 0,1 porções diárias;
Médio: entre 0,1 e 0,24 porções por dia;
Alto: 0,25 ou mais porções diárias.
Os resultados indicaram que as pessoas que consumiam as maiores quantidades de carne processada – como bacon, salsichas, mortadela e salame – apresentaram um risco 13% maior de desenvolver demência, em comparação com aquelas que consumiam menos desse tipo de alimento.
Por que a carne processada é prejudicial ao cérebro?
Especialistas apontam várias razões para os efeitos negativos da carne processada. Uma delas é o alto teor de gordura saturada presente na carne vermelha, que pode ser prejudicial ao funcionamento cerebral.
Além disso, conservantes como os nitritos, usados na preservação da carne processada, estão associados a impactos adversos na saúde neurológica. Outro fator é que, durante a digestão da carne vermelha, a microbiota intestinal pode gerar substâncias tóxicas que afetam o cérebro.