Em um informe técnico, a agência afirma que faltam estudos que provem a segurança em consumir o noni - e ressalta os possíveis danos ao organismo. “Os produtos contendo Noni não devem ser comercializados no Brasil como alimento até que os requisitos legais que exigem a comprovação de sua segurança de uso sejam atendidos”, diz o comunicado de 2007.
Essa decisão também leva em base pronunciamentos de órgãos de outros países. Em 2014, o Federal Food and Drug Administration (FDA, órgão com funções semelhantes às da Anvisa) chamou a atenção de empresas que vendiam produtos com substratos do noni alegando que eles tinham poder de cura. Para o FDA, as alegações são falsas porque faltam provas que sustentem os slogans publicitários.
O recado que tanto autoridades quanto profissionais da saúde dão, portanto, é evitar o noni. “É necessário esperar mais pesquisas da literatura para definir se esse produto é adequado ou não para o consumo. Ele pode fazer mal”, diz a nutricionista Olga Amancio, que também é professora da faculdade de medicina da Unifesp.