Metapneumovírus humano: o que é o vírus assassino que ninguém ouviu falar?

Estudos mostram que o MPVh causa tanto impacto nos Estados Unidos a cada ano quanto a gripe e um vírus intimamente relacionado, o VSR

Um estudo realizado em Nova York durante quatro invernos mostrou que ele era tão comum em idosos hospitalizados quanto o VSR e a gripe. | Reprodução: Internet
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O metapneumovírus humano (hMPV) é potencialmente tão virulento quanto o COVID-19, vírus sincicial respiratório e influenza, mas poucas pessoas ouviram falar sobre. Na verdade, a maioria das pessoas que contraiu a doença provavelmente não soube o que tinha. As pessoas infectadas com o vírus geralmente não são testadas fora de um hospital ou pronto-socorro. Além disso, não há vacina ou medicamentos antivirais para combatê-la. 

Vírus similar 

O vírus sincicial respiratório (VSR) é uma causa muito comum de infecções das vias aéreas, especialmente em crianças. Quase todas as crianças já foram infectadas quando atingem os quatro anos de idade, muitas no primeiro ano de vida. A infecção não proporciona imunidade completa. Assim, a reinfecção é comum, ainda que em geral menos grave. Os surtos geralmente ocorrem no inverno e no início da primavera.

O VSR é a causa mais comum de doença das vias aéreas inferiores em bebês pequenos e é responsável por mais de 50.000 hospitalizações todos os anos nos Estados Unidos em crianças com menos de cinco anos de idade. A primeira infecção frequentemente progride a partir de uma doença das vias aéreas superiores com congestão e febre e passando a envolver as vias aéreas inferiores, causando com mais frequência bronquiolite e, às vezes, pneumonia com tosse e dificuldade em respirar. As infecções posteriores em geral envolvem somente as vias aéreas superiores. 

A criança com bronquiolite estará mais propensa a ser diagnosticada com asma quando for mais velha. Crianças com distúrbios subjacentes sérios (como doença cardíaca congênita, asma, fibrose cística, distúrbios neuromusculares ou supressão do sistema imunológico) ou que nasceram prematuramente e bebês com menos de seis meses de idade correm um risco especial de desenvolver uma doença grave.  Adultos e crianças mais velhas também podem ser infectados pelo VSR e os idosos podem desenvolver pneumonia. O metapneumovírus humano (hMPV) é um vírus similar, mas distinto. O hMPV ocorre na mesma época do ano que o VSR, mas não infecta um número tão grande de crianças.

Sintomas

Tanto o VSR como o hMPV causam sintomas similares. Corrimento nasal e febre começam três a cinco dias após a infecção. Cerca de metade das crianças com uma primeira infecção também desenvolvem tosse e sibilos, o que indica envolvimento das vias respiratórias inferiores. Em bebês com menos de seis meses de idade, o primeiro sintoma pode ser um período de interrupção da respiração (apneia). 

Algumas crianças, em geral bebês pequenos, desenvolvem desconforto respiratório grave e algumas morrem. Em adultos saudáveis e crianças mais velhas, a doença é normalmente leve e pode se manifestar apenas na forma de um resfriado comum.

Prevenção

A prática de uma boa higiene é uma medida preventiva importante. A criança doente e as pessoas da casa devem lavar as mãos com frequência. No geral, quanto mais íntimo o contato físico com uma criança doente (como abraçá-la e aproximar-se ou partilhar a cama), maior será o risco de propagar a infecção a outros membros da família. Os pais devem equilibrar esse risco com a necessidade de reconfortar a criança doente.

Não existe atualmente vacina para prevenir infecção por VSR ou hMPV. Os médicos podem administrar injeções mensais de palivizumabe, que contêm anticorpos contra o VSR, a algumas crianças com risco elevado de desenvolver infecção grave por VSR. As crianças de alto risco incluem bebês e crianças jovens que têm doenças cardíacas ou pulmonares graves e/ou que são muito prematuras ou que correm um alto risco por outra causa. As injeções são dadas durante toda a temporada do VSR. As crianças que recebem palivizumabe têm, geralmente, menor necessidade de hospitalização, mas os médicos não estão tão seguros de que este tratamento evite a morte ou complicações graves.



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