Metade da população brasileira com 16 anos ou mais afirma ter alguma dificuldade para enxergar. A maioria (58%) não tem o hábito de consultar-se com um oftamologista anualmente e 10 % afirmam ter diabetes, principal causa de cegueira evitável. Estas são algumas das conclusões da Pesquisa sobre Saúde Ocular, realizada, presencialmente (outubro 21), pelo Instituto Datafolha, com 2088 brasileiros com 16 anos ou mais, entre todas as regiões brasileiras.
Segundo dados do ATLAS VISION, publicado pela IABP (International Agency for Blindeness Prevention), em 2020, o Brasil apresentava uma estimativa de quase 30 milhões de pessoas com perda de visão, das quais 1,8 milhão de cegos.
Pela pesquisa Datafolha, quase a totalidade (95%) das pessoas que visitam um oftalmologista realizam somente o “teste de letrinha”, para medir grau de correção visual; outros exames – como mapeamento de retina – são realizadas por 4 em cada 10 pacientes e 5% dos que se consultam com especialistas não realizam nenhum teste.
"A exemplo do diabetes, a retinopatia e o edema macular diabéticos são doenças silenciosas. O paciente deve fazer exames oftalmológicos regulares e procurar um especialista em retina caso tenha o diagnóstico de diabetes. Ao enxergar imagens deformadas ou apresentar sensibilidade à luz, bem como ao contraste, e alterações no campo de visão, a retinopatia já está afetando o olho do paciente”, afirma Mauricio Maia, Presidente da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que cerca de 146 milhões de pessoas têm algum grau de retinopatia diabética no mundo - cerca de 90% desses casos de cegueira poderiam ser evitados realizando o controle periódico no oftalmologista.
“O diabetes é a principal causa de cegueira em pessoas em idade produtiva e a visão pode ser afetada de várias formas - desde um embaçamento reversível, causado por elevação transitória dos níveis de glicose que melhora com o tratamento, até casos graves que ocasionam perda da visão”, afirma Dr. Fernando Malerbi, Coordenador do
Departamento de Saúde Ocular da SBD. “Se diagnosticado durante as fases iniciais, por meio de exames de fundo de olho, e com controle da glicemia, esse processo pode estabilizar ou regredir”.
RETINOPATIA DIABÉTICA
A retinopatia diabética se caracteriza por uma lesão nos pequenos vasos sanguíneos que nutrem a retina, a região do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro, formando a visão. A doença ocorre quando os níveis de glicose no sangue estão muito elevados, o que propicia dilatações e rompimentos das veias. A pessoa passa a ver pontos ou manchas fluentes, tem dificuldade de distinguir cores e enxergar à noite.
Nos casos leves, a retinopatia diabética e o edema macular diabético são tratados com o controle do diabetes, por meio da reeducação alimentar e o uso de insulina. Casos mais graves necessitam de outros tratamentos (a laser ou injeções intraoculares regulares que podem variar de 1 vez ao mês ou até 1 vez a cada 6 meses e cirurgia, que podem reduzir o edema e até recuperar a visão2. "Com o diagnóstico precoce e o tratamento correto, a doença pode estabilizar ou melhorar. Por isso, quanto maior a demora no tratamento, ou retratamento, maior a degeneração das células da retina e a perda visual se torna irreversível", diz Dr. Mauricio Maia.
Para informações sobre saúde ocular e doenças da retina, acesse www.visaoemdia.com.br. A pesquisa foi patrocinada pela Allergan, uma empresa AbbVie
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