Médica alerta sobre os sintomas e cuidados com a meningite

A doença possui um risco alto de morte, de até de 20%, e deixa sequelas duradouras em 25% dos casos.

Cérebro | Reprodução
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No sábado (24) é celebrado o Dia Mundial de Combate à Meningite. O objetivo dessa data é discutir e disseminar informações sobre a importância do diagnóstico, tratamento e também prevenção a essa doença mortal. Em meio à pandemia da Covid-19, o mundo também se encontra em estado de alerta devido queda na vacinação de crianças contra a doença meningocócica.

A médica infectologista, Drª. Rosania Oliveira alerta sobre os riscos da doença e  cuidados com os sintomas que são muitos parecidos com os da Covid-19. “No momento se fala muito em Covid-19, mas é preciso dar atenção a Meningite, inflamação provocada principalmente por bactérias e vírus nas meninges, membranas de tecido conjuntivo que envolvem o cérebro e a medula espinhal”, destaca.

A doença pode comprometer o cérebro (Ilustração: Getty Images)

A doença é bastante contagiosa e pode deixar sequelas como surdez, dificuldade de aprendizagem, crises de epilepsia e comprometimento cerebral. “A Meningite Meningocócica é transmitida por gotículas respiratórias, associadas também as aglomerações. É considerada uma doença grave e até fatal”, confirma a infectologista.

Drª Rosania informa que os sintomas iniciais mais comuns de meningite são febre de início súbito, dor de cabeça, rigidez do pescoço, mal-estar, náusea, vômito, sensibilidade à luz, crises convulsivas e, em alguns casos, manchas vermelhas na pele. “Esses sintomas podem acontecer tanto em adultos quanto em adolescentes e crianças, mas a atenção precisa ser redobrada, quando os sintomas acontecem em crianças menores, principalmente as que ainda não falam”, diz.

A principal forma de prevenção é a vacinação. Dados da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) revelam que a pandemia do coronavírus fez muitos pais se esquecerem ou adiarem a vacinação de seus filhos contra outras doenças preocupantes, como a meningite. A doença possui um risco alto de morte, de até de 20%, e deixa sequelas duradouras em 25% dos casos.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos - terceira maior empresa de pesquisa e de inteligência de mercado do mundo – comprovam as informações da Sbim. O Ipsos investigou, no período de 19 de janeiro e 16 de fevereiro de 2021, 4.962 pais e responsáveis em oito países, incluindo o Brasil, e constatou que 50% adiaram ou não comparecerem na data prevista para aplicar a imunização contra a doença meningocócica nas crianças.

No Programa Nacional de Imunizações do Brasil, a primeira dose da vacina meningocócica C é indicada aos 3 meses, com uma segunda dose aos 5 meses e um reforço aos 15 meses (Foto: Ministério da Saúde)

A Organização Mundial da Saúde, recomenda que as vacinas de rotina continuem sendo administradas mesmo no período de isolamento social. No Piauí, o Hospital São Marcos possui um posto de vacinação para que os papais e mamães mantenham as vacinas em dia e preservem a saúde de seus filhos.

No Piauí, assim como no restante do Brasil, os resultados mostram que as medidas de isolamento social durante a pandemia foram a principal razão para o atraso ou cancelamento da vacinação contra meningite meningocócica.

Com informações de Claudia Bezerra  

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