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Mais que colecionar: o que a psicologia diz sobre o segredo dos acumuladores?

Traumas, estresse elevado, dificuldades emocionais e fatores genéticos estão entre os possíveis gatilhos para o desenvolvimento do comportamento compulsivo

O que a psicologia revela sobre quem não consegue jogar nada fora? | Foto: Reprodução
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Você conhece alguém que guarda objetos sem utilidade, como embalagens vazias, aparelhos quebrados ou itens antigos? Em muitos casos, manter lembranças ou evitar o desperdício é algo comum. No entanto, quando o acúmulo começa a afetar a rotina e o bem-estar, pode indicar um transtorno psicológico mais sério.

Segundo a psicóloga Laina Amorim, do grupo Mantevida, o hábito de acumular objetos, mesmo sem valor ou utilidade, pode ser um sinal de alerta. Traumas, estresse elevado, dificuldades emocionais e fatores genéticos estão entre os possíveis gatilhos para o desenvolvimento do comportamento compulsivo.

“A predisposição genética é um fator contribuinte, mas sozinha não determina o surgimento do transtorno. É a combinação com fatores emocionais e ambientais que costuma desencadear o quadro”, explica a especialista.

Entre os sinais de alerta estão a dificuldade em descartar objetos, sensação de sobrecarga, desorganização e indecisão constante. Essas características podem comprometer significativamente a qualidade de vida do indivíduo.

fique atento aos sinais

É importante destacar que nem toda desorganização é sinônimo de acúmulo. Pessoas desorganizadas podem apenas ter dificuldade em manter a ordem, enquanto os acumuladores têm um apego excessivo aos objetos, mesmo quando não têm valor prático.

“Os acumuladores mantêm coisas sem utilidade por medo de precisar no futuro ou por questões emocionais, o que torna o descarte muito difícil”, observa Amorim.

O transtorno de acumulação compulsiva tem tratamento. A terapia cognitivo-comportamental é uma das abordagens mais indicadas, pois ajuda o paciente a entender e modificar os pensamentos e comportamentos disfuncionais.

“A terapia promove o desenvolvimento de estratégias para lidar com emoções difíceis e reduz a ansiedade relacionada ao acúmulo, ajudando o paciente a retomar o controle da própria vida”, conclui a psicóloga.

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