Levantamento da Fundação Municipal de Saúde (FMS) mostrou que 57 pessoas que vieram a óbito por Covid-19 em Teresina – 86,36% do total – apresentavam algum fator de risco que levaram ao agravamento da infecção. As mais predominantes são as doenças cardiovasculares crônicas, que inclui a hipertensão, presentes em 72% dos casos. Informações do site da Prefeitura de Teresina
Outras doenças com grande predominância entre os casos de morte por infecção pelo novo Coronavírus foram diabetes, presente em 42,42% das ocorrências; doenças renais, 9,09%; problemas de imunidade, 9,09%; obesidade, 7,58%; e doença pulmonar crônica com 4,55%. “Lembramos da possibilidade que alguns pacientes tenham apresentado mais de uma comorbidade ao mesmo tempo”, ressalta o infectologista Kelsen Eulálio.
Um exemplo de comorbidade que pode estar associada a outras é o diabetes, como explica o infectologista. “Com maior frequência, os diabéticos têm outras alterações metabólicas e comorbidades como obesidade, hipertensão, doenças cardiovasculares, e doença renal crônica. Desta forma, eles se tornam pacientes mais debilitados, com reserva funcional e a capacidade de resposta do organismo diminuída.”, alerta Kelsen Eulálio.
No caso das doenças pulmonares crônicas, bem como entre tabagistas, o médico explica que a redução da função do pulmão torna a pessoa muito mais suscetível ao ataque do novo Coronavírus, que ataca agressivamente este órgão. “Em relação às doenças cardíacas é a mesma situação. O coração funciona de forma reduzida e qualquer sobrecarga prejudica ainda mais”, diz o médico.
Segundo boletim divulgado ontem pela FMS e Sesapi, Teresina já soma 69 óbitos pelo novo Coronavírus, além de apresentar um total de 1.982 casos confirmados. Dados do Painel Covid-19 indicam que a curva da capital segue em ascensão, com um aumento de 87% no período de 24 de abril a 24 de maio de 2020.