Há mais de quatro anos, o músico Rodrigo Fassina, de 43 anos, fez uma das apresentações mais emocionantes da sua vida. Vestido de regata branca, calça de alfaiataria e suspensório, ele interpretou clássicos do Queen diante de uma plateia incomum: médicos, enfermeiros e pacientes de um centro oncológico.
Aquele show era mais do que música — era um agradecimento. Rodrigo havia acabado de encerrar o tratamento contra um tipo raro de tumor em homens: o câncer de mama. Um diagnóstico que ele nunca imaginou ouvir.
Enquanto as notas de We Are the Champions ecoavam, ele revivia meses intensos de tratamento, incertezas e superação. A plateia, que conhecia bem o peso da luta contra o câncer, o aplaudia de pé.
O que poucos sabiam é que tudo começou com algo aparentemente banal: um pequeno caroço no peito que ele achou ser apenas um pelo encravado.
A descoberta mudou completamente a forma como ele enxerga o próprio corpo — e o poder de prestar atenção nos sinais que, muitas vezes, insistimos em ignorar.