Um procedimento vem ganhando o gosto do público masculno, principalmente aqueles que se consideram menos afortunados. A harmonização do pênis, tem ganhado destaque e chamado a atenção, prometendo tornar mais bonito (e maior) o órgão genital masculino. O procedimento estético pode render até 5 centímetros a mais, sendo aliado de quem deseja "avantajar" o instrumento e virou carro-chefe de profissionais de estética.
No entanto, a harmonização de pênis é diferente da cirurgia plástica, mais invasiva e usada até então por homens insatisfeitos com o tamanho. Os profissionais que fazem esse tipo de intervenção dizem lidar com pacientes menos envergonhados com a decisão de mudar o corpo. Para remodelar o pênis, eles utilizam o ácido hialurônico — de um tipo específico para aplicação na região.
Como é feito?
Com o órgão flácido, as injeções são feitas no corpo do pênis. Os resultados são discutidos individualmente, com cada paciente, e incluem ganho em largura, volume, comprimento e até redução da flacidez da pele, dependendo da quantidade de produto utilizada e de outros tratamentos que podem ser aliados ao ácido aplicado.
Profissionais recomendam cautela com a harmonização peniana, já que ainda há poucos dados sobre os efeitos do procedimento. O valor da intervenção não é barata e não tem resultado garantido: os interessados devem desembolsar de R$ 10 a R$ 30 mil, com ganhos em comprimento e circunferência dependendo de como é a genitália.
Thamires Oliveira, formada em biomedicina, decidiu trocar os preenchedores faciais pelos procedimentos no corpo há dois anos. Hoje, todo seu trabalho tem como destaque os "antes e depois" da harmonização peniana. O procedimento oferece de 3 cm a 5 cm, mas depende do paciente.
“Preciso fazer uma avaliação para saber como é a pele, se existe flacidez, avaliar o tamanho inicial, o objetivo, e quanto o paciente pode arcar com o procedimento. Não é tudo feito em uma única sessão, são algumas, com intervalos de 15 dias no mínimo”, diz a profissional ao UOL.
Procedimento recente no Brasil
De acordo com a especialista, a demora para que o produto fosse importado fez com que a técnica chegasse recentemente ao Brasil. "É um ácido específico até para suportar o impacto de uma relação sexual e não ser absorvido pelo corpo com facilidade. Ele tem uma durabilidade de dois anos e eu peço para o paciente fazer uma manutenção a cada ano, para manter esse volume e não precisar investir novamente o volume inicial do tratamento", explica.
Cuidado com a expectativa
Quem se interessa por fazer a harmonização ganha um alerta dos profissionais: é necessário ter cuidado com as expectativas. "Um paciente que possui um pênis de 4 cm nunca vai ter um de 14 cm, isso é algo surreal e que não pode ser oferecido pelo procedimento. Então, antes mesmo de iniciar o procedimento, ele tem de ter consciência do que é possível para ele", diz Thamires.
A profissional ainda destaca que existe um limite de preenchedor que pode ser utilizado e que, por vezes, outros procedimentos também são sugeridos para melhorar o aspecto do pênis. "Às vezes, podemos fazer aplicações enzimáticas contra gordura localizada na região pubiana, podemos corrigir uma depressão que o paciente tenha na base do pênis, mas tudo depende da avaliação."
Qual a média de tamanho do pênis brasileiro?
De 12,5 a 14,5 cm de comprimento, em ereção, o que equivale a uma caneta esferográfica sem ponta, por exemplo. Dados de medições (antropometrias) penianas apresentados em congressos da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) mostram que na população masculina brasileira os valores da normalidade para pênis ereto ficam entre 10,5 cm e 17,5 cm.