A hanseníase – chamada antigamente de lepra –é uma doença crônica e transmissível provocada pela bactéria Mycobacterium leprae. Apesar de seus principais sintomas serem marcas na pele – falaremos disso mais adiante –, ela não é transmitida pelo toque nas feridas, e sim por contato com gotículas de saliva e secreções nasais por um longo período de tempo.
No entanto, ela só é passada de um indivíduo que pegou uma forma contagiante e que não está em tratamento para alguém considerado suscetível.
Entenda: “Para pegar a doença, você precisa ter uma grande suscetibilidade a ela. Isso só acontece com cerca de 5% da população. A maioria é resistente e não desenvolverá o problema mesmo se tiver contato com versões contagiantes”, tranquiliza a dermatologista Sandra Durães, coordenadora do departamento de hanseníase na Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
A incubação da M. leprae – ou seja, o tempo que leva para surgirem os sintomas após o contágio – demora de três a sete anos. Esse longo tempo é um dos fatores que dificulta o controle da doença.