Estudo revela que este suplemento popular aumenta risco de AVC

Estudo revelou uma descoberta interessante para pacientes com histórico de problemas cardiovasculares

AVC | Reprodução/Internet
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Um estudo de longo prazo publicado em junho de 2024 na revista BMJ Medicina revelou uma descoberta interessante para pacientes com histórico de problemas cardiovasculares: para esses indivíduos, o consumo regular de suplementos de óleo de peixe mostrou benefícios, ajudando a prevenir a progressão de condições como fibrilação atrial e insuficiência cardíaca. 

O óleo de peixe é amplamente reconhecido como uma rica fonte de ácidos graxos ômega-3, conhecidos por seus comprovados benefícios para a saúde do cérebro e do coração. No entanto, os resultados de estudos sobre suplementos de óleo de peixe têm sido contraditórios quanto aos seus efeitos.

Detalhes do estudo

Nesta pesquisa recente, os cientistas acompanharam a saúde de 415.737 indivíduos com idades entre 40 e 69 anos ao longo de aproximadamente 12 anos. Cerca de 31,5% dos participantes (130.365) relataram o uso regular de suplementos de óleo de peixe. 

Os resultados indicaram que, entre os participantes sem histórico de doenças cardiovasculares, o uso desses suplementos estava associado a um aumento de 13% no risco de desenvolver fibrilação atrial (um tipo de arritmia) e a um aumento de 5% no risco de acidente vascular cerebral (AVC). Doenças cardiovasculares, como insuficiência cardíaca, ataque cardíaco e AVC, continuam sendo as principais causas de morte no mundo.

Por outro lado, para os participantes que já tinham alguma condição cardiovascular antes do início do estudo, a suplementação com óleo de peixe foi associada a uma redução de 15% no risco de evolução da fibrilação atrial para um ataque cardíaco e a uma redução de 9% na mortalidade relacionada à insuficiência cardíaca. 

Além disso, foi observado que o risco de transição de um estado de boa saúde para ataque cardíaco, AVC ou insuficiência cardíaca era 6% maior para mulheres e não fumantes que usavam os suplementos. Em contrapartida, homens e idosos apresentaram maior benefício, com uma redução de 7% e 11%, respectivamente, no risco de progressão para a mortalidade.

Limitações do estudo

Os pesquisadores destacaram a falta de informações detalhadas sobre a dose e a formulação dos suplementos de óleo de peixe usados pelos participantes. Além disso, a maioria dos participantes era de ascendência branca, o que levanta questões sobre a aplicabilidade dos resultados para outras etnias. 

Essas descobertas ressaltam a complexidade da medicina nutricional e a importância da personalização no tratamento. Os pesquisadores enfatizam a necessidade de mais estudos para explorar a relação entre eventos cardiovasculares e o uso regular de suplementos de óleo de peixe.

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