Você sabia que o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking dos maiores consumidores de cerveja do mundo? Segundo um relatório da Kirin Holdings Company, divulgado em dezembro de 2022 e baseado nos hábitos de consumo de 2021, o país está nessa posição. Apesar dos tabus que envolvem a bebida, estudos indicam que ela pode trazer benefícios à saúde.
Uma pesquisa realizada por uma universidade na Alemanha trouxe boas notícias para os amantes de uma cerveja gelada, além de desmistificar alguns dos estigmas associados a ela. Os cientistas descobriram que a cerveja pode oferecer benefícios semelhantes, ou até superiores, aos encontrados em muitos alimentos probióticos.
O QUE SÃO PROBIÓTICOS?
Probióticos são alimentos ou produtos que contêm microrganismos vivos capazes de oferecer benefícios à saúde. Eles são essenciais para o equilíbrio da microbiota intestinal, ou flora intestinal. A boa saúde intestinal, sustentada por bactérias benéficas, está diretamente relacionada ao bem-estar geral do corpo.
DETALHES DO ESTUDO
De acordo com os pesquisadores do estudo, a cerveja contém uma variedade de aminoácidos essenciais, vitaminas, oligoelementos e substâncias bioativas que contribuem para a regulação das funções fisiológicas do corpo humano. “É bem sabido que a cerveja, como bebida alcoólica, pode causar sérios danos aos tecidos e órgãos", afirmam.
“No entanto, quando o consumo de álcool é controlado dentro de limites seguros, os nutrientes da cerveja e os efeitos combinados na microbiota intestinal têm um efeito positivo na regulação da função imunológica humana”, pontuam.
Os pesquisadores afirmam ainda que “seus metabólitos inibem bactérias patogênicas, estimulam a proliferação e atividade da flora saudável como lactobacilos e bifidobactérias e regulam a microbiota intestinal”. Ou seja, este estudo esclarece que a cerveja, sem exagero, faz bem à saúde.
Cerveja pode ajudar no futuro
Além disso, os pesquisadores sugerem que, no futuro, a cerveja poderia ser utilizada como regulador microbiológico ou até como terapia alternativa para condições crônicas, como hipertensão, diabetes e obesidade. Eles destacam a importância de mais estudos aprofundados nessa área.
Embora surpreendente, essa bebida milenar se revela uma fonte de nutrientes, contendo aminoácidos essenciais, vitaminas, oligoelementos e substâncias bioativas, como polifenóis e flavonoides. Também é rica em minerais, como cálcio, magnésio e zinco. Além disso, contribui para a ingestão de fibras alimentares, graças aos beta-glucanos e arabinose-oligossacarídeos presentes nos cereais.