Um estudo recente reforça o elo entre atividade física e bem-estar mental: caminhar mais de 7 mil passos por dia está associado a uma redução considerável no risco de desenvolver depressão. Essa conclusão veio de uma revisão abrangente de 33 estudos observacionais, reunindo dados de mais de 96 mil adultos com idades entre 18 e 91 anos, publicada na revista científica JAMA.
Segundo a análise, caminhar diariamente está ligado a menos sintomas depressivos e menor probabilidade de desenvolver a doença. O efeito mais significativo foi registrado entre aqueles que ultrapassavam a marca de 7 mil passos por dia. Para cada mil passos extras acima desse número, o risco de depressão caiu em média 9%.
Menos de 5 mil passos
Para quem caminha menos de 5 mil passos por dia, os efeitos benéficos são mais limitados. Isso porque a prática regular de exercícios físicos promove alterações fisiológicas que ajudam a proteger a saúde mental — como o aumento na produção de neurotransmissores como serotonina e dopamina, fundamentais para o equilíbrio do humor, além da redução do cortisol, o hormônio do estresse.
Além dos efeitos bioquímicos, o exercício físico melhora a qualidade do sono — essencial para o equilíbrio emocional —, aumenta a autoestima e favorece a interação social, todos fatores que ajudam a reduzir a vulnerabilidade à depressão.
Recomendações de especialistas
Profissionais da saúde destacam que definir metas diárias de passos pode ser uma forma prática e acessível de estimular a população a se movimentar e prevenir transtornos mentais. Embora percorrer longas distâncias traga mais benefícios, até pequenas quantidades de movimento já fazem diferença, principalmente para quem enfrenta limitações físicas ou dificuldades em manter uma rotina de exercícios.
Também vale lembrar que outras formas de atividade física — como exercícios aeróbicos, musculação, ioga e tai chi chuan — também demonstram efeitos positivos no alívio dos sintomas da depressão e na promoção do bem-estar geral.