Um grupo de cientistas chineses publicaram recentemente o resultado de um estudo que aponta o efeito protetor que um tempero comum de cozinha tem sobre o câncer: o alho. A pesquisa mostra que o alho pode prevenir o câncer gástrico e colorretal. O número desses cânceres no Brasil cresce acentuadamente no país, o que preocupa as autoridades de saúde.
Propriedades medicinais do alho
O alho é uma planta herbácea perene da família Liliaceae. Entre suas inúmeras propriedades, a ciência já conhece bem as antissépticas, bactericidas, tônicas, hipotensoras e diuréticas. Agora também tem chamado atenção seu papel ativo na prevenção e tratamento do câncer.
Os autores do estudo em questão avaliaram 648 artigos científicos sobre o papel do alho em casos isolados de câncer gástrico e colorretal e selecionaram 20 – realizados na Europa, Ásia, EUA e Austrália – dos quais: 11 sobre o papel do alho na prevenção do câncer gástrico; 9 sobre a função do alho em relação ao câncer colorretal.
A pesquisa mostrou que a ingestão de alho reduz significativamente o risco de câncer gástrico e câncer colorretal. De acordo com o estudo, o mecanismo de ação do alho se deve aos quatro principais sulfetos orgânicos. Dissulfeto de dialil, trissulfeto de dialil, S-alilmercaptocisteína e alicina.
Estes participam do processo biológico relacionado ao tumor por meio de vários mecanismos, levando à apoptose, parada do ciclo celular e inibição da migração em células tumorais. Um composto médico contendo ingredientes ativos de alho pode exercer potenciais efeitos preventivos ou terapêuticos de tumores através dos mecanismos acima no corpo humano, segundo os pesquisadores.
Quanto mais alho, melhor?
Depende. Como esse alimento tem um sabor forte, a quantidade varia de acordo com o gosto da pessoa. Para fins medicinais, não há um valor definido, mas algumas recomendações: refogar junto com outros alimentos frescos cortados na hora e incluir após o cozimento da cebola, para que o calor em excesso não consuma as propriedades do alho.