Um estudo recente sobre câncer colorretal revelou os sintomas mais frequentes em pessoas com a forma precoce da doença. De acordo com os pesquisadores, 45% dos pacientes diagnosticados apresentaram hematoquezia, conhecida como sangramento retal ou presença de sangue nas fezes. Adicionalmente, cerca de 40% dos indivíduos relataram sentir dor abdominal.
O terceiro sintoma mais comum entre os casos de câncer colorretal precoce (afetando 27% dos pacientes) foi a alteração nos padrões intestinais, como constipação, diarreia ou alternância entre ambos. Os resultados desta revisão foram publicados pela equipe de pesquisa no JAMA Network Open em 24 de maio.
A motivação para este estudo veio do aumento da incidência deste tipo de câncer entre os jovens. Os investigadores buscaram identificar sintomas comuns nessa faixa etária que poderiam, de outra forma, passar despercebidos ou serem ignorados.
O estudo
Para isso, os pesquisadores analisaram 81 estudos conduzidos em várias partes do mundo, abrangendo dados de quase 25 milhões de pessoas. Em 34 desses estudos, os revisores observaram que os pacientes levaram de quatro a seis meses, em média, desde o início dos sintomas até o diagnóstico de câncer colorretal precoce.
Essas descobertas não são novas. Um estudo publicado em maio do ano passado examinou 5.075 casos de câncer colorretal precoce e identificou quatro sintomas de alerta: dor abdominal, sangramento retal, diarreia e anemia por deficiência de ferro.
No entanto, a nova pesquisa compilou dados de milhões de pessoas, destacando ainda mais a importância de os indivíduos mais jovens reconhecerem os sinais precoces da doença.
O que fazer se você notar os sintomas?
O câncer colorretal é uma doença séria, mas o diagnóstico precoce pode melhorar substancialmente as chances de tratamento bem-sucedido. Por isso, ao perceber qualquer sintoma, é crucial consultar um médico e descrever minuciosamente os sinais apresentados. O médico poderá solicitar exames para investigar a origem dos sintomas.
A realização regular de exames de rastreamento, como colonoscopia e teste de sangue oculto nas fezes, é essencial, especialmente para pessoas com fatores de risco.