Este hábito popular eleva o risco de câncer em homens em 37%, revela estudo

A pesquisa se refere ao câncer de bexiga e foi financiada pelo Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer

Homem sentindo a bexiga | Reprodução/Internet
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O consumo excessivo de gorduras saturadas, principalmente provenientes de alimentos de origem animal, pode aumentar o risco de câncer de bexiga em homens, de acordo com um estudo financiado pelo Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer. O colesterol, uma substância gordurosa produzida principalmente pelo fígado, está associado a esse risco. 

Alimentos ricos em gorduras saturadas, como cortes gordurosos de carne, salsichas, manteiga, queijo, chocolate, biscoitos e bolos, podem elevar os níveis de colesterol LDL “ruim”. Esse aumento pode, por sua vez, aumentar o risco de doenças cardíacas, derrames e, conforme o estudo, câncer de bexiga.

O câncer de bexiga é o décimo câncer mais comum globalmente e ocupa o sexto lugar entre os homens. Mas qual é a conexão entre o acúmulo de colesterol e o câncer de bexiga?

Colesterol e o câncer de bexiga

Para compreender a relação, o estudo incluiu mais de 540 mil participantes de 11 países diferentes. Os participantes preencheram um questionário sobre seus hábitos alimentares, e a ingestão de gorduras e óleos foi medida em gramas por 1.000 calorias diárias.

Ao final do período de observação, os especialistas encontraram evidências que indicam que o consumo excessivo de gorduras saturadas e de origem animal elevou o risco de câncer de bexiga em homens em 37%.

Tipos de câncer de bexiga

O câncer de bexiga atinge as células que cobrem o órgão e é classificado de acordo com a célula que sofreu alteração. Existem três tipos: o carcinoma de células de transição ou carcinoma urotelial, que  representa a maioria dos casos e começa nas células do tecido mais interno da bexiga.

O segundo tipo é o carcinoma de células escamosas, que afeta as células delgadas e planas que podem surgir na bexiga depois de infecção ou irritação prolongadas. E o terceiro tipo é o adenocarcinoma, que se inicia nas células glandulares (de secreção) que podem se formar na bexiga depois de um longo tempo de irritação ou inflamação.

Existem outros tipos de tumores que podem acometer a bexiga, incluindo tumores de origem mesenquimal como rabdomiossarcomas e paragangliomas; e tumores metastáticos de outros sítios, principalmente de origem ginecológica e colo-retal.

Quando o câncer se limita ao tecido de revestimento da bexiga, é chamado de superficial. O câncer que começa nas células de transição pode se disseminar através do revestimento da bexiga, invadir a parede muscular e disseminar-se até os órgãos próximos ou gânglios linfáticos, transformando-se num câncer invasivo.

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