Esta condição é a maior responsável pela gordura no fígado; evite-a

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a esteatose hepática já atinge 35% da população adulta, ou seja, em média, 30 milhões de pessoas

A esteatose hepática é um problema que, se não for tratado, pode se tornar algo mais grave | Reprodução/Internet
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A obesidade é considerada uma doença crônica e multifatorial e que vem apresentando um aumento no número de casos nos últimos anos. No Brasil, a alta foi de 72%, em 13 anos, de acordo com a pesquisa Vigitel 2019, saindo de 11,8% em 2006 para 20,3% no ano em que foi feita a pesquisa. O sobrepeso leva a outras doenças, como a esteatose hepática gordurosa não-alcoólica, conhecida como gordura no fígado.

Qual a origem do problema? O endocrinologista Guilherme Renke afirma que esse problema se dá quando um excesso de gordura se acumula nas células do fígado. “Ela [esteatose hepática] é hoje a principal causa de doença hepática crônica e transplante de fígado em todo o mundo. Ela está ligada à obesidade, diabetes tipo 2 e outras doenças caracterizadas pela resistência à insulina”, afirma Guilherme Renke. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a esteatose hepática já atinge 35% da população adulta, ou seja, em média, 30 milhões de pessoas.

O que causa a esteatose hepática? Essa condição costuma ter relação direta com o sedentarismo e dietas hipercalóricas, que levam à obesidade e outras comorbidades crônicas. O Ministério da Saúde reconhece a obesidade como um problema de saúde pública e orienta que, diante do atual quadro epidemiológico do país, sejam prioritárias as ações de promoção da alimentação adequada e saudável, de prevenção da obesidade e intervenções para a construção de ambientes alimentares saudáveis. 

Como tratar a doença: A esteatose hepática é causada principalmente pelo consumo exagerado de comidas com alto teor calórico e de uma rotina sem a prática de atividade física em um contexto de predisposição genética. Diante disso, o tratamento se dá com mudanças no estilo de vida, priorizando uma alimentação saudável e abandonando a vida sedentária.

“Hoje, a ciência nos mostra que uma dieta rica em alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios é um caminho fundamental para a prevenção e tratamento de doenças metabólicas, incluindo a obesidade e a doença hepática gordurosa. Frutas e vegetais orgânicos, especiarias, nozes e azeite, alimentos típicos de uma dieta mediterrânea, mostram-se grandes aliados nesta cota de antioxidantes”, avalia o médico.

Casos mais graves

É normal haver presença de gordura no fígado, no entanto quando este índice chega a 5% ou mais o quadro deve ser tratado o mais brevemente possível. Se não tratada corretamente, a esteatose hepática pode provocar, a médio e longo prazo, uma inflamação capaz de evoluir para quadros mais graves de hepatite gordurosa, cirrose hepática e até câncer no fígado. Nesses casos, o fígado não só aumenta de tamanho, como também adquire um aspecto amarelado. O transplante, muitas vezes, pode ser a única indicação para situações mais críticas. 

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