Esse fator importante pode te levar a desenvolver Parkinson, aponta estudo

A nova descoberta pode ajudar no tratamento da doença que atinge mais 200 mil brasileiros

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que a doença afeta entre 1% e 2% da população mundial | Reprodução: Internet
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Um novo estudo conduzido pela Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, propôs uma nova teoria sobre a origem da Doença de Parkinson. A descoberta pode melhorar consideravelmente a eficácia dos tratamentos desse distúrbio neurodegenerativo. No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas sofram com o problema, de acordo com o Ministério da Saúde.

A pesquisa sugere que antes da degeneração das células que produzem o neurotransmissor dopamina, chamados de neurônios dopaminérgicos, há uma disfunção na comunicação entre os neurônios, originada por uma mutação genética que resulta em déficits de dopamina.Os pesquisadores americanos revelaram que antes dos neurônios serem degenerados, as sinapses dopaminérgicas se tornam disfuncionais. 

Com isso, levanta a hipótese que a melhor estratégia terapêutica seria o direcionamento das sinapses disfuncionais para evitar a morte neuronal. Os genes Pink1 e Parkin são essenciais para o funcionamento normal das células. Isso porque eles são responsáveis pela reciclagem ou eliminação de mitocôndrias – as estruturas celulares que não estão operando bem.

Pesquisas anteriores já demonstraram que o mau funcionamento desses genes pode estar relacionado com o desenvolvimento da doença de Parkinson. No novo estudo, os cientistas perceberam que apenas uma pequena alteração no gene Parkin poderia desencadear a doença.

Contribuição 

O recente avanço da pesquisa permite vislumbrar um novo caminho para a prevenção da doença de Parkinson. Os cientistas descobriram que o Parkin tem a função crítica de controlar a liberação de dopamina. E que a disfunção nas sinapses, causada pela alteração do Parkin, precede a neurodegeneração dos neurônios dopaminérgicos.

Com isso, concluiu que, se fortalecermos a atividade do Parkin, poderíamos eventualmente prevenir a degeneração neuronal no Parkinson. A partir desta descoberta, os cientistas buscam desenvolver medicamentos que estimulem a atuação do Parkin, corrigindo a disfunção sináptica e, idealmente, prevenindo a degeneração neuronal no Parkinson.

A nova perspectiva é importante, pois aponta que não apenas o número de neurônios que produzem dopamina é afetado, mas também a maneira como essa dopamina é controlada na sinapse. Atualmente, os tratamentos se concentram em aumentar a quantidade de dopamina. O próximo passo, no entanto, seria otimizar o controle dessa dopamina e, assim, melhorar o funcionamento das sinapses.

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