O professor universitário e especialista em epidemiologia genética Tim Spector indicou o consumo diário de uma colher de azeite de oliva extra virgem. De acordo com ele, incluir esse item na rotina pode ajudar a combater inflamações e diminuir o risco de certas doenças. Em uma postagem feita em suas redes sociais, Spector afirmou que, embora normalmente evite usar o termo “superalimento”, o azeite pode ser uma exceção.
“Embora muitos de nós tenhamos sido ensinados a temer a gordura, pesquisas mostram que dietas ricas em azeite de oliva extra virgem estão associadas a um risco reduzido de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e câncer”, escreveu.
De onde vêm os benefícios?
Spector destacou que grande parte desses benefícios está ligada à elevada concentração de polifenóis presente no azeite de oliva extravirgem. Esses compostos não apenas possuem fortes propriedades anti-inflamatórias, como também estimulam o desenvolvimento de bactérias benéficas no intestino, favorecendo a saúde intestinal de forma geral.
“Poucos são os pratos que não se melhoram com um fio de azeite, tanto para a saúde como para o paladar. Há uma razão pela qual o azeite é a pedra angular da dieta mediterrânica”, afirmou.
Impacto do azeite nas doenças cardíacas
Diversas pesquisas confirmam os efeitos positivos do azeite de oliva, especialmente no que diz respeito à proteção contra doenças cardiovasculares. Um dos principais mecanismos pelos quais ele favorece a saúde do coração é a capacidade de reduzir os níveis de colesterol LDL, conhecido popularmente como “colesterol ruim”.
Quando o LDL está elevado, pode ocorrer o acúmulo de placas nas paredes das artérias, o que aumenta o risco de desenvolver aterosclerose e, por consequência, sofrer infartos ou acidentes vasculares cerebrais. Os ácidos graxos monoinsaturados presentes no azeite auxiliam na redução do LDL sem comprometer o colesterol HDL, o chamado “colesterol bom”.
Além disso, o azeite extravirgem é rico em polifenóis como a oleuropeína e o hidroxitirosol — antioxidantes potentes que ajudam a neutralizar o estresse oxidativo, um dos fatores que contribuem para o surgimento de doenças cardíacas. Esses compostos também possuem propriedades anti-inflamatórias, que podem ajudar a diminuir a inflamação crônica nas artérias, outro elemento associado ao desenvolvimento da aterosclerose.