As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte em todo o mundo. No Brasil, elas fazem mais de mil vítimas por dia e estima-se que de 300 a 400 mil casos das ocorrências anuais relacionadas ao coração sejam infartos - e de cada cinco a sete pacientes, pelo menos um deles vai a óbito, segundo dados do Ministério da Saúde.
Apesar de ser uma emergência médica cardíaca, os primeiros sinais de um possível infarto nem sempre vêm do coração. Antes de ocorrer, o paciente pode sentir alguns incômodos relacionados a ele em outras partes do corpo, além do peito. Esses sintomas podem, inclusive, acontecer dias, semanas e até meses antes do infarto em si.
SINTOMAS DE UM PRÉ-INFARTO
Segundo a cardiologista da Universidade Positivo (UP) Chiu Yun Yu Braga, ao Terra, os sinais de que um possível infarto está para acontecer incluem as dores no peito que podem irradiar para a mandíbula, pescoço e lado interno do braço esquerdo. Esses sintomas também podem estar associados a náuseas e vômitos, com duração de aproximadamente 30 minutos.
"É importante ficar atento quando a pessoa apresenta esses desconfortos aliados a fatores de risco, como hipertensão, diabetes, tabagismo ou sedentarismo, pois são indicativos de que essa condição da angina instável pode se tornar um infarto em um futuro próximo", revela a especialista.
COMO EVITAR QUE UM PRÉ-INFARTO VIRE UM INFARTO
A cardiologista aponta que mesmo após experienciar um pré-infarto, existem alguns cuidados que podem evitar um infarto no futuro.
"Normalmente são os mesmos cuidados para qualquer pessoa que queira ter uma vida saudável: manter uma boa alimentação e praticar atividades físicas regularmente, além de tomar os medicamentos adequadamente, quando necessário, e consultar um médico cardiologista para dosar os exames de sangue e fazer os testes necessários para prevenção", indica Chiu Yun Yu Braga.
Outro alerta que a especialista aponta é que o risco de infarto é maior para homens a partir dos 40 anos e mulheres a partir dos 50, principalmente quando entram na menopausa. "Pessoas nessas faixas etárias devem consultar um especialista anualmente para prevenir qualquer tipo de doença cardiovascular", completa.