O primeiro novo tratamento para a doença de Alzheimer em quase 20 anos foi aprovado por reguladores nos EUA em junho de 2021. O aducanumab tem como alvo a causa subjacente da doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência, em vez de seus sintomas.
Em março de 2019, os ensaios internacionais de estágio avançado do aducanumab, envolvendo cerca de 3.000 pacientes, foram interrompidos. Seguiu-se uma análise mostrando que o medicamento, administrado como uma infusão mensal, não era melhor em retardar a deterioração da memória e problemas de pensamento do que um placebo.
Mas mais tarde no mesmo ano, a fabricante americana Biogen analisou mais dados e concluiu que a droga funcionava, desde que fosse administrada em doses mais altas.
A empresa também disse que diminuiu significativamente o declínio cognitivo. No entanto, em dezembro de 2021, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) negou aprová-lo. A EMA disse que o aducanumab não parece ser eficaz no tratamento de adultos com sintomas iniciais da doença de Alzheimer.
Na época de sua aprovação nos EUA, vários cientistas disseram que havia poucas evidências de testes de benefício, apesar de ter como alvo o amiloide — uma proteína que forma aglomerados anormais no cérebro de pessoas com Alzheimer. O novo medicamento é vendido nos EUA, mas há dúvidas em outros lugares sobre sua eficácia.