A asma, ou bronquite alérgica, é uma doença inflamatória crônica que se caracteriza pela limitação do fluxo de ar pelas vias áreas pulmonares. A exposição a agentes irritantes pode provocar reações imediatas. Os principais sintomas associados são a tosse, os sibilos (chiados no peito) e a dispneia (falta de ar). Os sintomas costumam piorar pela noite, nas primeiras horas da manhã, durante crises alérgicas, durante a prática de exercícios físicos e alterações no clima.
O Dia Mundial de Combate à Asma, celebrado anualmente na primeira terça-feira do mês de maio, chama atenção para a importância do controle da doença, que não tem cura. Segundo a Pesquisa Nacional da Saúde (PNS), realizada pelo Ministério da Saúde e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a asma atinge cerca de 6,4 milhões de brasileiros. Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 300 milhões sofram com a doença no mundo.
O tratamento da asma é baseado na redução dos sintomas e na melhoria da qualidade de vida. Geralmente, utilizam-se bombinhas e a ação é diretamente proporcional ao remédio utilizado com esta: alguns atuam no controle da doença e outros atuam no alívio em casos de crise. Já a escolha do medicamento específico dependerá do médico que acompanha o caso clínico. Apesar de ser uma doença comum, a asma traz muitas incertezas. Assim, preparamos um rápido questionário de mitos e verdades com as dúvidas mais frequentes sobre o tema.
A asma tem cura? MITO.
A asma é uma doença crônica e, infelizmente, sem cura. Há apenas tratamento para controlar os sintomas.
A asma é mais comum em meninos. VERDADE.
Alguns estudos na área relatam que há uma predominância da asma em crianças do sexo masculino. Um dos motivos dos meninos terem maior incidência da doença é porque eles possuem menor fluxo aéreo e vias aéreas mais estreitas que as meninas.
Asma e obesidade podem estar relacionadas. VERDADE.
O excesso de peso e gordura muda a forma como o sistema respiratório trabalha, além de os níveis de leptina e citocina inflamatória ficarem mais altos, o que pode desencadear a asma.
A bombinha vicia. MITO.
A bombinha para asma não gera nenhum tipo de dependência e é essencial para controlar a doença. Porém, as bombinhas são medicamentos sérios e, por isso, é preciso utilizá-las adequadamente e apenas sob prescrição médica.
Asma pode ter relação com a insônia. VERDADE.
Pacientes que sofrem de insônia podem ter crises mais frequentes de asma, é o que diz a uma pesquisa da Universidade de Pittsburgh. A pesquisa ainda revela que pessoas que sofrem com asma e insônia, costumam ter maior chance de depressão.
A asma precisa de atenção especial. VERDADE.
Apesar de ser uma doença comum, a asma precisa ser acompanhada com médicos de confiança e medicamentos contínuos. Sem um tratamento adequado para a doença, as crises podem impactar diretamente na qualidade de vida do paciente e em alguns casos, levar a óbito.
Só devo acionar meu médico em casos de crise. MITO.
Como toda doença crônica, o tratamento da asma tem que ser realizado de maneira contínua. Consultas regulares com o pneumologista definem o melhor tratamento de longa duração, garantindo uma melhor qualidade de vida.
Existe relação entre asma, rinite alérgica e dermatite. VERDADE.
É muito comum quem tem asma também ter rinite alérgica e dermatite, chegando a 40% dos pacientes, segundo estudos clínicos da organização ARIA (Allergic Rhinitis and its Impact on Asthma). Ainda revelam que ambas podem ser sintomas de uma única doença no sistema respiratório, e enfatiza-se a importância de tratar a rinite alérgica em pacientes com asma, pois pode agravar a doença.
A dermatite pode ser uma das causas de asma, segundo pesquisadores da Universidade Washington (publicada na 9ª edição da revista Unesp Ciência). Diversos testes feitos com ratos (modificados geneticamente para ter dermatite) comprovam que as lesões da pele liberam uma série de substâncias que, ao chegar no sangue e pulmões provocam os mesmos sintomas da asma.