Dia da Imunização: especialista explica 9 mitos sobre as vacinas

Infectologista aponta impactos das fake news na adesão vacinal

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Imagem ilustrativa de pessoa se imunizando | Reprodução/Internet

Neste domingo (09) é celebrado o Dia Nacional da Imunização, data que busca conscientizar a população sobre a importância das vacinas. Além disso, lembra a todos da necessidade de manter o calendário atualizado, reduzindo a probabilidade de contrair doenças como poliomielite, rubéola, caxumba, sarampo, tétano, Covid-19 e gripe.

Em entrevista ao Terra, o infectologista Dr. Filipe Piastrelli explica que a adesão à vacinação entre adultos ainda enfrenta desafios, especialmente devido à hesitação vacinal, gerada muitas vezes pela desinformação, e ao medo de reações adversas, que são geralmente raras e leves.

O médico lembra que os imunizantes são uma das principais estratégias de saúde pública, responsáveis por aumentar a expectativa de vida e reduzir significativamente a incidência de mortalidade causadas por doenças infecciosas.

MITOS SOBRE OS IMUNIZANTES

Vacinas causam autismo: mito! Essa é uma das alegações mais infundadas e perigosas sobre o tema. Diversos estudos rigorosos já comprovaram que não existe qualquer relação entre a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (SCR) e o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essa teoria teve origem em um estudo fraudulento publicado em 1998 que foi posteriormente retirado pela própria revista científica.

Só crianças precisam ser vacinadas: mito! A imunização é importante para pessoas de todas as idades. Existem vacinas recomendadas para adultos e adolescentes, além de doses de reforço em algumas campanhas infantis. Manter a carteira de vacinação atualizada é essencial para garantir a proteção contra doenças.

As vacinas são inseguras e podem causar efeitos colaterais graves: mito! Como qualquer medicamento, os imunizantes podem ter efeitos colaterais. No entanto, a maioria desses efeitos são leves e transitórios, como dor no local da aplicação, febre ou mal-estar. Reações graves são extremamente raras. A segurança das vacinas é rigorosamente monitorada por autoridades de saúde em todo o mundo.

Vacinas enfraquecem o sistema imunológico: mito! Pelo contrário, elas fortalecem o sistema imunológico para reconhecer e combater organismos específicos causadores de doenças. Isso ajuda a proteger o indivíduo de manifestações graves e suas complicações.

As doenças preveníveis por vacinas não são mais um problema sério: mito! Doenças como sarampo, rubéola e poliomielite ainda representam um risco à saúde pública, especialmente em países com baixas taxas de vacinação. Surtos dessas doenças podem ocorrer se cobertura vacinal da população não for suficiente.

É melhor contrair a doença naturalmente do que tomar a vacina: mito! Doenças preveníveis por vacinas podem ser graves, levando a complicações, sequelas e até mesmo à morte, se não estiver vacinado. Portanto, a imunização é uma forma mais segura e eficaz de se proteger contra esses males. 

Os imunizantes contêm substâncias nocivas, como mercúrio e formaldeído: mito! Essa alegação é falsa. Isso porque não há evidência de que a quantidade usada dessas substâncias seja prejudicial à saúde, uma vez que são utilizadas apenas para conservar e melhorar a eficácia dos imunizantes.

As vacinas são uma conspiração da indústria farmacêutica para lucrar: mito! As vacinas são desenvolvidas e testadas de acordo com padrões científicos rigorosos. Seu objetivo é proteger a saúde pública, e não gerar lucro. A comunidade científica internacional reconhece os imunizantes como uma das maiores conquistas da medicina moderna.



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