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Dezembro Laranja: tudo que você precisa saber para prevenir o câncer de pele

O Dezembro Laranja é a campanha nacional de prevenção ao câncer de pele, promovida todos os anos pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)

Dezembro Laranja é a campanha nacional de prevenção ao câncer de pele | Foto: Reprodução
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O câncer de pele não melanoma é o tumor maligno mais incidente no país e responde por cerca de 30% de todos os casos de câncer registrados no Brasil.  Estimativas recentes do INCA apontam para centenas de milhares de novos casos ao ano: na última estimativa nacional, foram projetados aproximadamente 220 mil casos novos de câncer de pele não melanoma, além de cerca de 9 mil casos de melanoma (variação conforme ano e atualização). 

Esses números mostram a dimensão do problema e a necessidade de prevenção e diagnóstico precoce. Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), criou o Dezembro Laranja,  campanha nacional de prevenção ao câncer de pele e faz parte do movimento internacional de conscientização, alinhado ao “Outubro Rosa” (câncer de mama) e “Novembro Azul” (câncer de próstata), mas focado exclusivamente no câncer de pele.


Tipos de câncer de pele: melanoma x não melanoma:

Não melanoma (os mais comuns): engloba principalmente o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. Tem alta taxa de cura quando detectado cedo, mas pode causar mutilações e sequelas se tratado tardiamente. 

Melanoma: menos frequente (responde por uma pequena parcela dos casos de pele), porém o mais agressivo, com maior potencial de metástase e letalidade. Aparece como manchas/pintas que mudam de aparência; pode ocorrer em qualquer parte do corpo e em mucosas.

Sinais de alerta e como fazer o autoexame (ABCDe + sintomas)

Regra ABCDE (autoexame mensal):

  • A — Assimetria: metade da pinta não bate com a outra.

  • B — Bordas irregulares: contorno mal definido.

  • C — Cor variável: múltiplas cores (preto, marrom, branco, vermelho, azul).

  • D — Diâmetro: maior que 6 mm (tamanho aproximado da borracha de um lápis).

  • E — Evolução: mudanças rápidas no tamanho, forma, cor ou sintomas (coceira, sangramento). 

Outros sinais de alerta (com ícones):

  • Ferida que não cicatriza em 4 semanas.

  • Lesão que sangra, coça, descama ou tem superfície irregular.

  • Pintas novas ou manchas que crescem.

  • Em pessoas negras: atenção às lesões em palmas das mãos e plantas dos pés.

Prevenção: medidas comprovadas e rotina prática

Medidas essenciais (com passo a passo):

  1. Evite o sol intenso entre 10h e 16h — horário de maior radiação UV. 

  2. Use protetor solar com FPS 15 ou mais (e proteção UVA): aplique 30 minutos antes da exposição e reaplique a cada 2 horas, ou após nadar/suar/secar-se com toalha. Use quantidade adequada (cerca de 2 mg/cm² de pele). 

  3. Roupas, chapéus e óculos com proteção UV reduzem muito o risco — prefira mecanismos de proteção física sempre que possível.

  4. Evite camas de bronzeamento e exposição intencional para bronzear-se — bronzeado não é saudável; é sinal de dano UV. 

Sugestão visual: barras de ícones com cada medida; demonstração do correto modo de aplicar protetor (quantidade/tempo).

 Quem tem mais risco e quando procurar o médico

Fatores de risco (atenção redobrada):

  • Pele, cabelos e olhos claros; histórico de queimaduras solares graves; exposição solar ocupacional ou recreativa intensa; uso de camas de bronzeamento; histórico familiar de câncer de pele; excesso de pintas (nevos). 

Quando procurar:

  • Ao notar qualquer sinal da regra ABCDE; ferida que não cicatriza em 4 semanas; lesão que sangra/arde/descama; mudanças em pintas antigas. Procure dermatologista ou serviço de saúde para avaliação e exame (dermatoscopia/biopsia quando indicado). Diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura. 

Mitos e verdades

Título: Mitos comuns (desvendados)

Mitos x Verdades :

  • “Bronzeado protege.”  Bronzeado é sinal de dano e não protege; aumenta risco. 

  • “Só pessoas de pele clara têm câncer de pele.”  Pessoas de pele morena e negra também podem desenvolver câncer de pele; em peles mais escuras, alguns tipos aparecem em áreas pouco expostas (palmas, plantas).

  • “Protetor solar é só para praia.”  Use diariamente, especialmente em pele exposta ao sol, mesmo em dias nublados. 

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