Consumir carne processada aumenta risco de demência, diz pesquisa

Um estudo realizado no Reino Unido mostra que o consumo de carne processada pode trazer mais prejuízos ao corpo

Carne processada | Reprodução/Léo Roza/Unsplash
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Um estudo realizado no Reino Unido mostra que o consumo de carne processada pode trazer mais prejuízos ao corpo humano do que se imagina. O alimento está ligado a diversos casos de  Alzheimer e outras formas de demência, segundo apontou a pesquisa.

Outros estudos já relacionavam o consumo de alimentos como  salsichas e nuggets a outras doenças como diabetes do tipo 2, problemas cardiovasculares e outros tipos de câncer, portanto, eles nunca foram considerados alimentos saudáveis.

Estes alimentos podem ainda aumentar o risco de uma pessoa desenvolver sintomas mais graves de transtornos psiquiátricos.

O estudo foi realizado com base em dados de população do projeto de pesquisa UK Biobank, que coletou informações de saúde e genética de cerca de meio milhão de pessoas com idades entre 40 e 69 anos, entre os anos de 2006 e 2010.

Consumo de carne processada pode aumentar risco de demência (Reprodução/Léo Roza/Unsplash )

Os voluntários precisaram preencher um questionário sobre alimentação no início da pesquisa e outras fichas ao longo de 16 meses. Os pesquisadores também conseguiram rastrear a saúde dos participantes através do sistema de saúde do Reino Unido, descobrindo se eles desenvolveram demência ou morreram pela doença.

Cerca de 2.900 casos de demência foram diagnosticados em todo o grupo, durante um acompanhamento de oito anos. 

Ao analisar os dados da dieta de cada um desses pacientes, os cientistas descobriram que o risco de ter demência aumentou em 44% para cada 25 gramas de carne processada ingerida diariamente.

Porém, não conseguiram encontrar números relevantes ao consumo de carne em geral ou ainda para o consumo diário de carne de frango comum.

Por outro lado, o risco de demência diminuiu levemente para aqueles que comem, regularmente, carne vermelha não processada. O risco de adquirir a doença aumentou para quem possui a variação genética APOE ε4, o que já era esperado, mas esse risco não parece ter sido afetado pelo consumo de carne. 

"Nossas descobertas sugerem que o consumo de carne processada pode aumentar o risco de demência, e a ingestão de carne vermelha não processada pode estar associada a riscos mais baixos", diz a pesquisa.

Serão feitos novos estudos para avaliar os riscos de uma dieta a base de carne processada aos riscos de demência, além de descobrir como isso vem acontecendo. Enquanto isso, a recomendação é que o consumo seja reduzido para evitar o desenvolvimento da doença. 

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