Conheça bebida do cotidiano que pode prevenir a Doença de Alzheimer

No Brasil, cerca de 1,2 milhão pessoas vivem com alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano

Estudo apontou que muitos dos ingredientes dessa bebida podem atravessar a barreira entre o sangue e o cérebro para produzir efeitos protetores | Reprodução: Internet
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Uma pesquisa publicada no Journal of Agricultural and Food Chemistry, revelou que os compostos encontrados em uma bebida presente no cotidiano brasileiro podem ajudar a retardar o desenvolvimento da doença de Alzheimer. No Brasil, estima-se que existam 1,2 milhão casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico e, no mundo, cerca de 35,6 milhões de pessoas são diagnosticadas com a condição.

De acordo com os responsáveis pela pesquisa, o café expresso pode inibir o processo que se acredita estar envolvido no início da demência. Embora os mecanismos exatos que desencadeiam Alzheimer ainda não estejam claros, os especialistas acreditam que uma proteína chamada tau desempenha um papel fundamental.

A proteína pode ajudar a estabilizar estruturas no cérebro de pessoas saudáveis, mas também pode se agrupar em estruturas semelhantes a fios chamadas fibrilas, causando problemas. Alguns pesquisadores acham que impedir essa formação pode aliviar os sintomas da doença de Alzheimer ou até mesmo impedir que ela se desenvolva no futuro.

Não é a primeira vez que um estudo mostra que o consumo moderado e, às vezes, até alto de café exerce um efeito neuroprotetor contra duas das doenças neurodegenerativas mais comuns – Parkinson e Alzheimer. Para testar essa teoria, a equipe de pesquisa testou doses de café expresso contra uma forma abreviada da proteína tau em um laboratório. Os testes duraram até 40 horas.

Os pesquisadores notaram que as fibrilas de tau ficaram mais curtas e não formaram emaranhados maiores quando a concentração do extrato de café expresso aumentou. Essas fibrilas encurtadas não são tóxicas para as células humanas. A equipe explicou que muitos dos ingredientes do café, como a cafeína e a genisteína, podem atravessar a barreira entre o sangue e o cérebro para produzir efeitos protetores.

Mais pesquisas

Embora a equipe acredite que suas descobertas possam abrir caminho para encontrar ou projetar tratamentos para a doença, mais pesquisas são necessárias. O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, progressiva e ainda sem cura que afeta, majoritariamente, pessoas acima de 65 anos de idade, impactando a memória, a linguagem e a percepção do mundo. Provoca alterações no comportamento, na personalidade e no humor do paciente.

A doença é progressiva e os sintomas podem ser divididos em três “fases”.

  • – Leve: falhas de memória e esquecimentos constantes; dificuldades em realizar tarefas complexas (como cuidar das finanças);
  • – Moderada: o paciente já necessita de ajuda para realizar tarefas simples, como se vestir;
  • – Avançada: o paciente necessita de auxílio para realizar qualquer atividade, como comer, tomar banho e cuidar da higiene.

Dez sinais de alerta para o Alzheimer:

  • – problema de memória que chega a afetar as atividades e o trabalho;
  • – dificuldade para realizar tarefas habituais;
  • – dificuldade para comunicar-se;
  • – desorientação no tempo e no espaço;
  • – diminuição da capacidade de juízo e de crítica;
  • – dificuldade de raciocínio;
  • – colocar coisas no lugar errado, muito frequentemente;
  • – alterações frequentes do humor e do comportamento;
  • – mudanças na personalidade;
  • – perda da iniciativa para fazer as coisas.
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