Com qual periodicidade crianças devem ir ao oftalmologista? Médica explica

Erros refrativos como miopia, hipermetropia e astigmatismo representam até 69% dos problemas visuais na infância

Criança sendo examinada por oftalmologista | Reprodução/Internet
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O mês das férias é um dos momentos mais aguardados pelas crianças e também pode ser a oportunidade perfeita para levá-las ao oftalmologista sem interromper as aulas. Afinal, check-ups anuais são essenciais para garantir a saúde geral, incluindo a dos olhos. Estudos mostram que 70% das informações recebidas por uma pessoa vêm da visão. Sendo assim, uma visão saudável é fundamental para aproveitar melhor os momentos de diversão. 

A oftalmologista Lisianne Deusa esclarece que após o nascimento, preferencialmente nas primeiras 72 horas de vida, deve ser realizado o teste do reflexo vermelho. Para crianças a partir de 2 anos é indicado exame oftalmológico anual.

“Para crianças com anormalidades oculares ou do desenvolvimento visual aparentes, história familiar de doenças oculares na infância como catarata e glaucoma congênitos, parto prematuro ou expostas a doenças infecciosas transmissíveis na gravidez como toxoplasmose, sífilis ou vírus Zika, recomenda-se exame oftalmológico completo no primeiro mês de vida. Caso contrário, a consulta pode ser realizada entre 6 e 12 meses de vida”, afirma. 

Tratatamento eficaz

Ainda de acordo com a especialista, diagnosticar doenças oculares na infância pode ser essencial para um tratamento eficaz. “A consulta oftalmológica visa a prevenção e o diagnóstico de doenças oculares, além de identificar possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de alterações oftalmológicas. Quanto mais cedo ocorrer a identificação do problema visual, melhores são as chances de sucesso no tratamento", explica a oftalmologista.

Os problemas que podem ser identificados durante as consultas de rotina variam e a falta de tratamento pode levar a sérias consequências, conforme esclarece a médica. “Erros refrativos como miopia, hipermetropia e astigmatismo representam até 69% dos problemas visuais na infância. Se não corrigidos, podem afetar o desenvolvimento, desempenho escolar e social, além de desencadear outras doenças, como a ambliopia, que se não for diagnosticada e tratada precocemente pode levar à deficiência visual", detalha Lisianne Deusa, ressaltando como é fundamental ter o cuidado com a saúde ocular das crianças e sempre procurar o oftalmologista, que é o médico especialista em detectar alterações visuais e indicar o tratamento adequado.

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