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Chocolate amargo pode te ajudar a viver mais? Veja o que dizem os especialistas

Estudo aponta que componente presente nesse e outros alimentos diminui o risco de problemas de saúde graves como câncer, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares

Chocolate amargo | Foto: Reprodução/ Internet
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Um estudo publicado na revista cientifica Nature Food, evidenciou  que Incluir chocolate amargo, chás, frutas vermelhas e maçãs na alimentação podem ajudar a viver mais, reduzindo o risco de doenças graves. O trabalho foi liderado por pesquisadores da Austrália, da Áustria e do Reino Unido e mostrou que aumentar a diversidade de flavonoides, composto presente nesses alimentos, auxilia na prevenção do desenvolvimento de problemas de saúde como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, câncer e doenças neurológicas.

Mais de 120 mil pessoas com idades entre 40 e 70 anos foram acompanhadas por mais de uma década. Segundo os pesquisadores, ingerir de cerca de 500 miligramas por dia de flavonoides reduz em 16% a probabilidade de morte por todas as causas, bem como a um risco 10% menor de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e doenças respiratórias.

Os especialistas também ressaltam que essa é aproximadamente a quantidade de flavonoides presentes em duas xícaras de chá. Ainda assim, aqueles que consumiram a maior diversidade de flavonoides apresentaram um risco ainda menor dessas doenças, mesmo consumindo a mesma quantidade total. Dessa forma, pode ser melhor consumir uma variedade maior de alimentos ricos nesse componente do que apenas beber chá.

ENTENDA

O professor do Co-Centro para Sistemas Alimentares Sustentáveis e Instituto para Segurança Alimentar Global da Queen's University Belfast, e colíder do estudo, Aedín Cassidy defende que os benefícios também incluem a saúde neurológica. "Sabemos há algum tempo que uma maior ingestão de flavonoides na dieta, poderosos bioativos naturalmente presentes em muitos alimentos e bebidas, pode reduzir o risco de desenvolver doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e condições neurológicas como Parkinson", afirmou.

Para Tilman Kuhn, professor da Universidade Médica de Viena, e coautor principal do estudo, destacou que a importância da diversidade da ingestão de flavonoides nunca havia sido investigada até agora. Esses dados reforçam a necessidade do trabalho. "Comer frutas e vegetais de cores variadas, incluindo aqueles ricos em flavonoides, significa que você tem mais chances de obter as vitaminas e os nutrientes necessários para manter um estilo de vida mais saudável", completou.

Já Cassidy, acrescentou que os resultados fornecem uma mensagem clara de saúde pública. "Esses números sugerem que trocas alimentares simples e realizáveis, como beber mais chá e comer mais frutas vermelhas e maçãs, por exemplo, podem ajudar a aumentar a variedade e a ingestão de alimentos ricos em flavonoides e potencialmente melhorar a saúde a longo prazo."

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