Muita gente que fuma tem o desejo de abandonar o cigarro, no entanto, essa não é uma missão fácil. Existem muitos casos de pessoas que tentam, mas acabam não conseguindo, pois a dependência da nicotina acaba falando mais alto. Para ajuda essas pessoas, o médico cardiologista do Hospital Santa Catarina Dr. Gustavo Pederçole vai indicar o que é bom para substituir o cigarro.
“O hábito de fumar vira parte da rotina de um fumante. Quando a pessoa para de fumar, além da abstinência, ocorre falta daquele costume no dia a dia. A dica é substituir por algo, como realização de atividade física, tomar um copo de água ou comer fatias de legumes, por exemplo: cenoura”, sugere o Dr. Gustavo, em entrevista ao Sport Life.
O cardiologista afirma que não existe um tipo de exercício físico específico para quem quer parar de fumar. A dica é que a pessoa procure um esporte que proporcione a ela momentos de recreação e bem-estar, para que isso possa, de alguma forma, distrair a pessoa da vontade de fumar. O ideal, segundo o médico, é que a prática seja de pelo menos 150 minutos divididos na semana.
Alimentação
O médico faz um alerta em relação á alimentação para ex-fumantes, é preciso buscar alternativas saudáveis. “As proteínas, frutas e legumes são indicados pelo seu teor saudável. Se uma pessoa substitui o cigarro por alimentos com alto teor de gordura ou açúcar, estará trocando um problema pelo outro”, explica Pederçole.
O cardiologista afirma ainda que em alguns casos, a pessoa que decide parar de fumar pode precisar de acompanhamento profissional. “Não é perigoso para o corpo a retirada abrupta do cigarro, mas dependendo da pessoa ela pode sentir sintomas de abstinência de forma mais exacerbada. Por isso, é orientado que faça isso sempre acompanhado por profissional habilitado”, ressalta o profissional.
Cigarro eletrônico
O profissional alerta que os cigarros eletrônicos podem ser mais prejudiciais do que os comuns. “O cigarro tradicional no Brasil há um limite de 1 mg de nicotina por cada cigarro. Enquanto os eletrônicos, que são pequenos e se assemelham a um pen drive, chegam a até 57 mg da substância por ml do líquido. Outro fato que surpreende é que esse líquido possui substâncias que não são conhecidas, o que o torna mais perigoso ainda. Os usuários desses dispositivos ainda podem evoluir com uma doença denominada ‘EVALI’, sigla de e-cigarette and vaping associated lung injury. Traduzido como pneumopatia associado ao uso de cigarros eletrônicos e vapes. É a nova condição clínica identificada em usuários desse tipo de dispositivo”, finaliza o Gustavo Pederçole.