É fácil notarmos uma mancha que aparece em uma região visível do corpo, como nos braços ou no rosto. Sobretudo quando ela muda de tamanho, forma ou cor, por exemplo, que são alguns dos sinais de alerta para o câncer de pele. Mas, se a lesão estiver encoberta por fios de cabelo, há possibilidade de não ser percebida.
Os tumores de pele no couro cabeludo normalmente demoram a ser diagnosticados, o que reduz a perspectiva de cura. O câncer não melanoma, a versão mais agressiva da enfermidade, é o tipo de câncer com maior incidência no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), ele representa 31,3% dos novos casos estimados para o triênio 2023 – 2025.
“A grande ‘vantagem’ do câncer de pele é que ele pode ser retirado cirurgicamente se não tiver metástase e, na maioria das vezes, curado. Mas é importante que o médico interceda quanto antes”, observa a dermatologista Andrey Augusto Malvestiti ao Galileu.
FATORES
Outros fatores que precisam ser levados em consideração é que essa parte do corpo fica mais exposta ao sol e é muito vascularizada, contribuindo para o câncer se espalhar. Por isso, essa região deve ser examinada com regularidade. Na maioria dos casos, a análise realizada pelo dermatologista durante a consulta anual é o suficiente.
Além do médico, outro profissional que pode ajudar na missão de localizar um tumor no couro cabeludo é o cabeleireiro.
“Ele olha para essa região com bastante regularidade; por isso, é interessante pedir que ele fique atento e sinalize caso note alguma alteração”, orienta Malvestiti.
COMO SE PROTEGER
Os fios de cabelo são responsáveis por fazer uma espécie de escudo sobre o couro cabeludo, resguardando-o do excesso de exposição solar. Mas essa região também precisa de proteção, tal qual a pele no restante do corpo. Sempre que possível, proteja a cabeça com chapéu ou boné quando se expor ao sol.