Há 63 anos, uma empresa japonesa idealizou o primeiro contador de passos, que popularizou a ideia de caminhar 10 mil passos por dia, o equivalente a 8 km em média, como a quantidade ideal de exercício para manter a saúde em dia. No entanto, a recomendação se tornou tão popular que levou a outros caminhos e abriu espaço para estudos.
Devido a popularidade da recomendação japonesa, a Organização Mundial de Saúde (OMS), passou a recomendar essa meta. Com isso, desde então, a comunidade científica vem testando esta hipótese para entender qual deve ser realmente a meta ideal de passos diários.
Não é de hoje que atividade é vista como algo extremamente benéfico à saúde humana, com efeitos comprovados pela ciência e medicina. Mas quantos passos são realmente necessários para alcançar esses benefícios? Será que os famosos 10 mil passos deve realmente ser a meta?
Uma pesquisa recente, publicada no European Journal of Preventive Cardiology, traz resultados significativos que comprovam os benefícios da caminhada no dia a dia. Os resultados indicam que 4 mil passos diários já estão associados com uma redução no risco de morrer prematuramente por qualquer causa.
Cada mil passos extras além dos 4 mil estão associados a uma redução adicional de 15% nesse risco, até o limite de 20 mil passos diários. Além disso, a pesquisa indica que dar 2.337 passos diariamente reduz o risco de morte por doenças cardiovasculares.O número exato de passos diários que devemos dar pode variar de indivíduo para indivíduo.
Para aqueles que estão começando, ou que possuem algum tipo de limitação, por exemplo, 4 mil passos podem ser um excelente ponto de partida. Para pessoas mais ativas, o objetivo pode ser ainda maior. Segundo os pesquisadores, o mais importante é não desistir caso não consiga atingir a meta de passos diários.
A falta de exercício pode retardar o metabolismo e afetar o crescimento e a força muscular, causando dores. Qualquer quantidade de caminhada já traz benefícios e, por isso, é crucial não ficar parado. A atividade física insuficiente é responsável por 3,2 milhões de mortes a cada ano, segundo a OMS.