Cada vez mais jovens têm buscado atendimento médico por dor nas costas. O problema se tornou recorrente na população brasileira e dados apontam que nos últimos cinco anos, os atendimentos hospitalares no SUS para esse problema cresceram 37,5%.
Já os ambulatoriais tiveram um aumento também de 27%. A maioria dos pacientes tinha entre 20 e 59 anos de idade. No entanto, houve alta no número de atendimentos em todas as faixas etárias, mas principalmente em pacientes muito jovens, de até 19 anos.
O chefe do grupo de coluna do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas de São Paulo, Raphael Marcon, diz que essa é uma queixa frequente entre seus pacientes.
“É algo que todo mundo tem, teve ou terá, e essa frequência parece estar aumentando por conta de muitas mudanças nos hábitos de vida que a gente tem observado. Queixas relacionadas à coluna têm relação direta com sedentarismo”, afirma o ortopedista Raphael Marcon, chefe do grupo de coluna do Instituto de Ortopedia do HC de SP.
O QUE FAZER?
A coluna vertebral é responsável por sustentar o corpo e permitir que ele se movimente de maneira adequada. No entanto, para funcionar bem a coluna precisa ser flexível e, ao mesmo tempo, estável - capaz de suportar a cabeça e o tronco.
Especialistas apontam que quando os músculos estão fortalecidos no abdômen e nas costas a tendência é que haja uma maior estabilidade e redução de dores na região da coluna. Portanto, a atividade física é a prescrição mais comum para solucionar o problema.
A secretária Ana Claudia Grazini Fanucchi recuperou a capacidade de fazer movimentos simples como mexer as pernas. Foram oito meses de crises agudas de coluna até que não teve mais jeito: ela precisou operar.
"Uma dor muito, mas muito forte, de você até perder o fôlego, sabe? Isso já é lei. Tenho que fazer atividade física. Não posso ficar sem, já me acostumei. Então é com isso que a gente vai levando.”, conta Ana Claudia.
Uma dica para aqueles que passam muito tempo sentados é aderir a regra do 30/30: a cada 30 minutos sentado, lembrar de fazer pelo menos 30 segundos de pé. Uma prática simples capaz de aliviar essa tensão e sobrecarga sobre as estruturas da coluna.