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Boca seca, mau hálito e cáries: os riscos bucais das canetas emagrecedoras

Um dos principais efeitos é a redução da saliva (xerostomia), essencial para proteger contra cáries, limpar resíduos, neutralizar ácidos e evitar infecções

Boca seca, mau hálito e cáries: os riscos bucais das canetas emagrecedoras | Foto: Reprodução/Shutterstock
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Nos últimos anos, medicamentos aplicados por canetas injetáveis, como o Mounjaro, viraram febre para quem busca emagrecimento rápido. Criados para tratar o diabetes tipo 2, ficaram populares pelo efeito de perda de peso, mas exigem acompanhamento médico e podem afetar todo o organismo, inclusive a saúde bucal.

Um dos principais efeitos é a redução da saliva (xerostomia), essencial para proteger contra cáries, limpar resíduos, neutralizar ácidos e evitar infecções. Sem ela, aumentam os riscos de mau hálito, cáries e inflamações gengivais. Também há relatos de alteração no paladar, ardência na língua e maior ocorrência de sapinho.

MEDICAÇÕES

Essas medicações podem causar refluxo e náuseas, e o contato do ácido gástrico com os dentes desgasta o esmalte, deixando-os mais sensíveis e suscetíveis a cáries. Somado à boca seca, o risco à saúde bucal cresce a médio e longo prazo.

A busca por resultados rápidos e o uso sem orientação médica são os maiores riscos. Já houve complicações graves e até mortes pelo mau uso. Por isso, é essencial a prescrição médica e o acompanhamento adequado.

No consultório odontológico, o dentista pode detectar sinais de boca seca, erosão do esmalte e inflamações. Medidas como reforçar a higiene, hidratar-se, mascar gomas sem açúcar e fazer consultas regulares ajudam a reduzir os danos.

A “febre das canetas” mostra que a saúde não deve ser tratada como moda. O emagrecimento precisa de profissionais e o cuidado com a boca é parte da qualidade de vida.

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