Através do Diário Oficial, a Anvisa anunciou a suspensão de quatro marcas de glitter. Os produtos, anunciados como próprios para consumo em alimentos, possuem materiais plásticos. É o que alega a agência.
Com a proibição, as empresas estão impossibilitadas de fabricar, comercializar ou distribuir os produtos. Assim como, a propaganda e uso estão suspensos.
As marcas que tiveram sua circulação suspensa foram a Glitz, Jeni e Joni, Iceberg Chef e Jady Confeitos. A Anvisa alerta que em todas elas há a presença de materiais plásticos.
Além disso, a medida determina o recolhimento de itens que já estavam disponíveis para venda ao público.
PRODUTOS SUSPENSOS
As empresas Glitz e da Jady Confeitos tiveram produtos suspensos com o mesmo nome das duas marcas. São eles o "Glitter para Decoração"; da Jeni e Joni, a Anvisa lista Glitter/Brilho para Decoração, Pó para Decoração, Pó de Ouro, Floco de Ouro, Floco de Prata e Floco Rose Gold; e da Iceberg Chef, os produtos suspensos são Glitter Glow e Glitter Shine.
O ESTOPIM PARA SUSPENSÃO
A suspensão foi motivada devido a denúncias nas redes sociais. A partir daí, a Anvisa iniciou a inspeção de produtos que se vendem como glitter comestível. Até o momento, foram identificadas 16 marcas que se caracterizam dessa forma. Nas quatro suspensas nesta terça, foram encontrados materiais plásticos. As outras seguem sendo investigadas.
No entanto, a fiscalização da agência também está sendo feita até mesmo em produtos que apesar de não se posicionarem como comestíveis, estejam categorizados ou sejam ofertados em sessões de alimentos e bebidas em plataformas digitais.
ADITIVOS PROIBIDOS
Os aditivos que constam nesses produtos que estão proibidos são: o polipropileno (PP) micronizado, o tereftalato de etileno (conhecido como "PET" ou "Poli"), o PMMA (polimetilmetacrilato) e o acetato de polivinil.
Agora, nenhum pó decorativo ou glitter que contenha um ou mais desses ingredientes pode ser usado na confeitaria ou em qualquer tipo de alimento.
O QUE DIZ AS EMPRESAS
A Iceberg, através de nota, se posicionou alegando que nunca comercializou o produto como comestível. A empresa também disse que tirou Shine Glitter de linha antes da determinação da Anvisa e disponibilizou aos clientes a possibilidade de troca pela linha Shine alimentícia.
Já a Fab, empresa responsável pelo Glitz, caracterizou a suspensão como exagerada e alegou não ter tido o direito ao contraditório.
"Fato é que o Glitz, embora atóxico, não é produto alimentício, isto sempre constou de modo claro no seu rótulo",