Se o estresse está tomando conta, talvez seja uma boa ideia trocar os aparelhos da academia por uma boa sessão de dança. Uma pesquisa recente, publicada na revista Psychology of Sport & Exercise, revela que dançar pode ser uma excelente forma de aliviar o estresse, aumentar a resiliência emocional e promover bem-estar.
Ao contrário de outras atividades físicas, a dança une música, ritmo, interação social e movimento corporal — uma combinação que amplifica seus efeitos positivos.
Por que a dança ajuda a reduzir o estresse?
O estudo, realizado por pesquisadores de várias universidades europeias, investigou como a dança pode oferecer uma resposta diferenciada ao estresse. Ela se destaca de outras formas de exercício por reunir os seguintes fatores:
Música e ritmo: ouvir música já é conhecido por diminuir a ansiedade, aumentar a produção de dopamina e endorfinas (substâncias relacionadas ao prazer) e reduzir o cortisol, que é o hormônio ligado ao estresse.
Convívio social: dançar com outras pessoas, seja em pares ou em grupo, intensifica os benefícios. O toque físico e a sensação de pertencimento estimulam a liberação de ocitocina, o “hormônio do afeto”.
Movimento corporal: como qualquer atividade física, a dança ajuda a equilibrar os níveis hormonais e aumenta a produção de endorfinas. No entanto, seus movimentos fluidos e ritmados trazem um diferencial extra em termos de prazer e relaxamento.
Dança: um verdadeiro “escudo” contra o estresse
Segundo os pesquisadores, a dança pode funcionar como uma espécie de “vacina contra o estresse”. Isso porque os movimentos coordenados e em sincronia criam uma sensação de conexão e pertencimento, o que contribui para diminuir a sensação de isolamento e fortalecer a autoestima.
Outro ponto destacado é a capacidade da dança de ajudar na regulação do cortisol, o hormônio do estresse. Em um estudo realizado com adultos mais velhos, foi observado que a dança promoveu um controle mais eficaz dos níveis de cortisol do que os exercícios aeróbicos tradicionais.