No Brasil, a amamentação exclusiva alcança 45,8% dos bebês com até seis meses, de acordo com estimativas do Ministério da Saúde. A meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de aumentar em 50% a taxa de aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida até 2025.
Para as mulheres, amamentar reduz o risco de desenvolvimento do câncer de útero e câncer de mama. Para o bebê, o leite materno fortalece o sistema imunológico, reduz os riscos de obesidade, desenvolvimento de diabetes, casos de diarreia, infecções respiratórias, hipertensão, colesterol alto, além de reduzir a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos.
“O surgimento da doença pode estar relacionado a diversos fatores, tais como: idade, aspectos comportamentais e ambientais, questões genéticas, distúrbios hormonais e histórico reprodutivo. Ou seja, a idade em que a mulher começou a menstruar e quando parou, ou ainda se ela já teve ou não filhos”, afirma a médica ginecologista e obstetra Lana de Lourdes Aguiar Lima.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), durante o período de aleitamento, as taxas de hormônios que favorecem o desenvolvimento do câncer de mama caem na mulher. Além disso, processos que ocorrem na amamentação promovem a eliminação e a renovação de células que poderiam ter lesões em seu material genético, diminuindo assim as chances da doença.
A amamentação é capaz de reduzir as taxas deste e de outros hormônios que favorecem o desenvolvimento deste tipo de tumor.
Ministério lança campanha de incentivo à amamentação
Com o tema “apoiar a amamentação é cuidar do futuro”, o Ministério da Saúde lançou, na segunda-feira (1), a Campanha Nacional de Amamentação 2022, em alusão à Semana Mundial da Amamentação.
A iniciativa tem como objetivo fortalecer o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida da criança e sua continuidade até os dois anos ou mais, além dar suporte a mulheres e redes de apoio quanto a amamentação segura e seus benefícios.