Texto: Márcia Rocha
Já foi comprovado que os exercícios físicos fazem um bem enorme para o coração, proporcionando muitos benefícios na ativação da resistência cardiovascular, que previne doenças cardiológicas. Entretanto, existe um alerta sobre o perigo das atividades físicas que não são desenvolvidas com frequência e dos casos em que a prática constante dos exercícios não garante a saúde do coração;
Não importa qual seja a modalidade de prática física escolhida para o condicionamento físico, ela deve ser implementada de forma progressiva para que o corpo se adapte às novas exigências metabólicas, respiratórias, musculares e articulares, diminuindo assim, as chances de ataques do coração. A prática de exercícios físicos triplica o risco de uma pessoa ter um ataque cardíaco nas horas seguintes ao esforço. O alerta vale principalmente, para pessoa que não fazem essas atividades com regularidade, de acordo com pesquisas da Revista da Associação Médica Americana.
Embora aumente em três vezes o risco de ataque do coração e isso pareça assustador, os pacientes com problema cardíaco não podem se abster de exercícios físicos e devem tornar a atividade um hábito. Outro fato que deve ser levado em consideração é que as atividades contínuas não dão garantia de saúde vitalícia ao coração, uma vez que outros casos podem influenciar nas doenças cardíacas, como altos níveis de stress, fatores genéticos, etc. ?Como a atividade física não é isenta de riscos, todos deveriam fazer uma avaliação cardiológica antes de qualquer prática. Pessoas que se exercitam regularmente, por acharem que estão em forma, acabam se descuidando e não fazem exames de rotina para e a prevenção cardiológica, para que tenham menor risco de ataque cardíaco. E para pessoas sedentárias, que desejam ficar em forma, o ideal é que o aumento do nível de atividade física aconteça gradualmente, assim evitará sobrecarga no coração desacostumado com o trabalho árduo?, relata o cardiologista Victor Lira.
Vários estudos têm sugerido que atividades físicas podem desencadear uma parada cardíaca, mas a magnitude do risco tem sido pouco clara. Dados mostraram que, nas primeiras horas após o exercício, a chance de uma pessoa ter um ataque cardíaco é aumentada em cerca de 3,5 vezes se a atividade física tiver acontecido de forma mais intensa durante o período anterior ao infarto do que em outros momentos.