Teresina amanheceu sem ônibus nesta quinta-feira (21/06). Mesmo após uma reunião realizada na tarde de ontem entre representantes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (Setut) e Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Piauí (Sintetro), os motoristas e cobradores paralisaram suas atividades.
De acordo com o vice-presidente do Sintetro, Francisco das Chagas, tudo que está ocorrendo é devido a uma queda de braço entre prefeitura de Teresina e Setut. “Essa queda de braço está afetando nós trabalhadores porque nós temos na convenção coletiva de trabalho, o adiantamento quinzenal que é até o dia 20 e o saldo que é até dia 5, então isso vem perdurando por vários meses. No mês passado nós recebemos nosso pagamento dia 6, já ontem era para sair pagamento e não saiu. Por conta disso, nós trabalhadores resolvemos cruzar os braços hoje e só retornar a partir do momento que o dinheiro tiver na conta”, declarou.
Ainda segundo Francisco das Chagas, a paralisação é por conta dos adiantamentos. “É um adiantamento que nós temos em convenção coletiva de trabalho registrado para o dia 20 e dia 5 o pagamento do salário. Isso já vem há muito tempo com essa queda de braço entre prefeitura e Setut e estamos sendo prejudicados por conta disso. Hoje nós fizemos assembleia na garagem da empresa Transcol e resolvemos retornar ao trabalho após o pagamento para ver se nos próximos meses o Setut e a prefeitura entram em um acordo porque nós sabemos que não é bom principalmente ao usuário que paga toda a conta, gostaria até de pedir desculpas por esse transtorno, mas eles tem que resolver o problema deles. Nós sabemos que a obrigação de honrar com o compromisso é dos empregadores, mas para eles fazerem isso depende da prefeitura, então estamos no meio dessa briga”, finalizou.
A estudante Lorraine Higino declarou em entrevista à repórter da Rede Meio Norte, Mirian Gomes, que ficou mais de uma hora na parada de ônibus com o objetivo de ir ao Instituto Federal do Piauí, na Pedro Freitas, bairro São Pedro. “Hoje eu tenho prova às 08h e estou desde 05h30 na parada e até agora - 06h40 - não tinha passado nenhum ônibus. A paralisação a gente sabe que é importante para causa deles, mas nós também estamos sendo prejudicados porque não conseguimos chegar ao nosso destino”, falou.
A também estudante Maria Mariane se deslocou até a parada desde cedo com objetivo de chegar no bairro Pedra Mole, mas não encontrou nenhum ônibus, mesmo com mais de uma hora de espera.