O presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), afirmou nesta quarta-feira (23) que considerou "uma coisa normal" o episódio em que o presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, cobrou explicações pelo fato de os parlamentares não terem votado até 31 de dezembro, como havia determinado o STF, novas regras para distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados.
Um dia antes, nesta terça (22), Lewandowski estipulou um prazo de cinco dias para a resposta do Congresso. Sarney respondeu no mesmo dia, por meio de ofício, no qual afirmou que não houve "omissão" do Congresso e que não se justifica "qualquer intervenção do Poder Judiciário" em atividades do Legislativo.
Nesta quarta, ao ser abordado por repórteres no Senado, um jornalista perguntou: "O senhor acha que houve interferência do Supremo, do Judiciário, no Legislativo quanto à decisão do ministro Lewandowiski?"
"Não. Absolutamente. Foi uma coisa normal. Ele tem um prazo que a lei manda que ele peça as informações para o Congresso, e o Congresso responde. São prestações de informações do que tramitou no Congresso, do que se fez. Essa interpretação de contestação nossa ao Supremo não existe", respondeu Sarney.