O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai pedir US$ 83,4 bilhões a mais para o Congresso para financiar as guerras no Iraque e no Afeganistão durante este ano de 2009, informaram nesta quinta-feira funcionários da Casa Branca.
No passado, Obama rejeitou a hipótese de recorrer a fundos suplementares para as duas guerras, incluindo-nas no orçamento para o exercício 2010, que começa em 1 de outubro próximo. Porém, o Exército dos Estados Unidos precisa do dinheiro agora.
"Não podemos esperar que o processo de doação seja finalizado, em setembro ou agosto, para financiar as operações no Iraque e no Afeganistão em junho", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs à imprensa. O pedido "será sem dúvida enviado ao Congresso ainda hoje", completou Gibbs.
De acordo com o porta-voz, o suplemento irá "financiar a nova estratégia no Afeganistão e o processo de retirada de todas as tropas do Iraque", incluindo uma assistência financeira para o Paquistão e outra para o povo palestino. "O processo orçamentário honesto que defende o presidente foi afetado pela forma como as guerras foram financiadas anteriormente", disse. "Este será o último suplemento para o Iraque e o Afeganistão."
Obama já disse esperar que as tropas americanas deixem o Iraque até agosto de 2010. Em contrapartida, o americano quer enviar outros 21 mil soldados para o Afeganistão, dos quais 17 mil lutarão contra os talebans no sul e no leste do país e 4 mil participarão de tarefas de treinamento das forças militares afegãs.
Segundo a nova estratégia de Obama para o Afeganistão, os americanos e as forças aliadas irão trabalhar pelo desenvolvimento das instituições afegãs e no policiamento para impedir os integrantes da rede terrorista Al Qaeda de usar o país e seu vizinho Paquistão para planejar ataques contra os EUA. "Oito anos depois do 11 de Setembro, a Al Qaeda, incluindo o líder, Osama Bin Laden, foram para Paquistão", disse Obama, ao anunciar seu novo plano.
No último dia 4, Obama recebeu da Otan (aliança militar do Ocidente) uma promessa de reforço nas operações no Afeganistão. A aliança concordou em enviar mais 5.000 militares.