Nesta sexta-feira (23), o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que nações desenvolvidas - centralizadas na Europa e na América do Norte - farão um financiamento de US$ 100 bilhões (o equivalente a R$ 477 bilhões) para projetos de combate a mudanças climáticas em países em desenvolvimento.
Ainda segundo Macron, uma equipe formada por países ricos criou também um fundo orçamentário para assistência e proteção da biodiversidade e ds florestas.
O presidente francês noticiou a promessa de financiamento durante o painel final de uma cúpula, em Paris, que discute sobre uma nova agenda monetária global com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros 40 chefes de Estados.
A finalidade da reunião é aumentar as diretrizes orçamentárias para o meio ambiente de países de baixa renda e aliviar suas dívidas, além de tentar reformar os sistemas financeiros do pós-guerra.
"Os líderes estão fartos do status quo, eles querem mudanças", afirmou o comandante da Organização Mundial do Comércio, Ngozi Okonjo-Iweala, na cúpula.
Também na cúpula, a Zâmbia - país sul-africano - firmou acordo para reestruturar mais de US$ 6 bilhões (o equivalente a R$ 28,6 bilhões) em dívidas com outros governos.
Os problemas da dívida da África estão associados ao duplo enfrentamento por alguns dos países mais pobres do mundo em lidar com os impactos promovidos pelas mudanças climáticas enquanto se adaptam à transição verde.
Algumas autoridades ocidentais acusam a China - principal beneficiária bilateral de muitos países africanos - de atrasar a reestruturação da dívida, algo que Pequim nega.
A cúpula deseja mais participação do setor privado. O Senegal fechou acordo com países mais abastados, na quinta-feira (22), para um financiamento inicial de 2,5 bilhões de euros (o equivalente a R$ 12,9 bilhões) para aprimorar sua energia renovável e acelerar sua transição para uma economia de baixo carbono.