No início do horário eleitoral de televisão do segundo turno em São Paulo, os candidatos José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) voltaram a se atacar. Enquanto Serra utilizou o mensalão para criticar o PT, Haddad voltou a citar a saída do tucano da prefeitura.
Em sua fala, Serra lembrou que lideranças petistas estão sendo condenadas pelo mensalão. "Na verdade, o apelido esconde o que de fato aconteceu: desvio de dinheiro público para comprar voto na Câmara de Deputados, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha. Tudo muito grave", disse o tucano.
"Desviar dinheiro para comprar voto na Câmara é um atentado contra o povo", completou.
Antes de falar sobre o assunto, Serra fez uma ressalva e disse que utiliza 90% do seu tempo para tratar da cidade. "Mas, de vez em quando, eu tenho o dever de falar de postura e de comportamento."
Na maior parte dos 10 minutos de propaganda, a campanha tucano destacou a biografia e a família de Serra e falou dos apoios que já recebeu.
Ao citar o PTB, lembrou que o partido esteve na vice de Celso Russomanno (PRB), terceiro lugar na disputa.
HADDAD
Já o candidato petista voltou a explorar a saída de Serra em 2006 para disputar o governo estadual. "Dá pra acreditar?", questiona a propaganda ao mostrar as promessas do tucano de não deixar a prefeitura e de não disputar a eleição deste ano.
Haddad voltou a usar a frase sobre os prefeitos de "meio mandato e de meio expediente, que usam a cidade como trampolim".
"Os dois projetos que disputam esse segundo turno são muito claros. Um defende a continuidade de tudo que está aí, o outro projeto, o meu projeto, quer acabar de vez com o apartheid social que a imposto a milhões de paulistanos que moram na periferia", afirma o candidato.
Na peça, ainda aparecem o deputado Gabriel Chalita (PMDB), que ficou em quarto, e a presidente Dilma Rousseff.
Principal padrinho político de Haddad, o ex-presidente Lula não foi apresentado nesse programa de estreia.
"Nossa aliança foi feita com base em propostas claras e concretas", diz Chalita. "Haddad na prefeitura será um sopro de renovação na política brasileira", afirma Dilma.