Marina Silva desembarcou em Recife às 14h30 e saiu por uma portal lateral do aeroporto, sem passar pelo desembarque. A ex-senadora seguiu para um hotel e, de lá, vai para a casa da família de Eduardo Campos. A ex-senadora, que deverá ser anunciada como a nova candidata à Presidência pelo PSB na próxima quarta-feira (20), deixou o prédio onde está hospedada em São Paulo antes das 8h.
Marina viaja acompanhada do marido, Fábio Vaz de Lima, e de seus quatro filhos. Seus aliados mais próximos, a maioria ligada à Rede Sustentabilidade, também estão viajando com a ex-ministra do Meio Ambiente: Neca Setúbal, uma das herdeiras do banco Itaú, João Paulo Capobianco, Pedro Ivo Batista e Bazileu Margarido.
CANDIDATA
O PSB superou as divergências internas e selou acordo para lançar Marina Silva à Presidência da República no lugar de Eduardo Campos. Ela concordou com a inversão da chapa e deverá ser anunciada oficialmente na próxima quarta-feira (20). O novo presidente da sigla, Roberto Amaral, prometeu a Marina que ela não precisará permanecer no partido caso seja eleita.
O PSB agora discutirá a indicação do novo vice na chapa presidencial. O deputado gaúcho Beto Albuquerque, hoje candidato ao Senado, é o mais cotado para a vaga. Candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT)decretou luto oficial de três dias e afirmou que o acidente tirou a vida de um jovem político promissor;. Também presidenciável, Aécio Neves (PSDB) disse ter perdido um amigo.
ACIDENTE
O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Henrique Accioly Campos, 49,morreu na quarta (13) em acidente aéreo em Santos, litoral paulista, onde cumpriria agenda de campanha. O jato Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, partira do Rio e caiu em área residencial. Dois pilotos e quatro assessores também morreram, e sete pessoas em solo ficaram feridas.
Os restos mortais removidos do local do acidente chegaram na noite de quarta na unidade do IML (Instituto Médico Legal) na rua Teodoro Sampaio, no bairro Pinheiros, em São Paulo. A Aeronáutica investiga a queda. Governador de Pernambuco por dois mandatos, ministro na gestão Lula, presidente do PSB e ex-deputado federal, Campos estava em terceiro lugar na corrida ao Planalto. Conciliador, era considerado um expoente da nova geração da política.